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13 de julho

No Dia Mundial do Rock, donos de casas de shows de BH revelam o que estão fazendo para não quebrar

Hoje não tem festa ou evento parecido e o dia mundial do rock, pela primeira vez na história, tem uma carga de melancolia

13/07/2020 09h48
Por:

Por Itasat

Se o dia 13 de julho, considerado o dia Mundial do Rock, é comemorado só no Brasil, neste ano nem os brasileiros conseguem curtir o calendário como de costume. Com o risco da covid-19 e a necessidade do isolamento social, a maneira de ouvir o estilo sofreu uma mudança drástica.

Hoje não tem festa ou evento parecido e o dia mundial do rock, pela primeira vez na história, tem uma carga de melancolia.

Em BH, por exemplo, ir à galeria da Praça Sete, ou na loja do Cogumelo, no hipercentro, era o costume para ouvir boa música e falar sobre esse som, que já passou de 70 anos de existência.

Mas no momento, o comércio está suspenso. Com portas fechadas, as lojas voltaram suas vendas para a internet. Mas e as casas que fomentam a cena rockeira na cidade, como estão enfrentando o momento?

Localizadas na região Centro-Sul, palco de sons autorais e covers, das mais comerciais às mais extremas, par todas a ordem agora é cuidar das finanças. 

Nossa reportagem celebra o Dia Mundial do Rock de uma maneira diferente, ouvindo dois empresários que vivem do estilo, e já apresentaram inúmeras atrações nacionais e internacionais e, como todas as outras casas, passam por aperto na pandemia.

A tradicional Matriz, do terminal turístico JK, está no cenário há décadas e por causa do coronavírus, quase decretou falência. A tragédia só não foi consumada por dois motivos, um deles envolve a solidariedade dos próprios frequentadores.

Edmundo Côrrea é o administrador do Matriz e explica o aperto passado e a busca por soluções.

"O Matriz foi pego de surpresa. Estávamos com programação fechada até outubro deste ano e tivemos que cancelar tudo. Isso atingiu em cheio as contas da empresa, principalmente por a gente não ter fundos de reserva e nem apoio, seja do Estado ou privado. Pensei que fóssemos fechar as portas, mas demos uma reerguida e resolvemos fazer algumas ações. Uma dessas ações foi o delivery que abrimos no mês passado de comida saudável e agora entramos com um financiamento coletivo para cobrir os gastos da empresa. Esse financiamento teve um grande apoio de todos nossos seguidores, que nos deixou emocionados. Foram mais de 200 colaboradores até agora e milhares de pessoas ajudando nas mídias sociais.

Outro lugar muito frequentado pelos rockeiros de BH é o Stonehenge, no Barro Preto. Outra casa que tem muitos anos de vida e que, pela primeira vez, não vai celebrar a data.

O gestor local, Rodrigo Cunha, comenta a situação atual e revela que vai recorrer ao delivery de fast-food para não quebrar.

"É uma situação muito complicada desse nosso setor da produção cultural e de produção de eventos. É difícil até mensurar o tamanho do prejuízo que todo mundo tá tomando É uma agenda de um ano de trabalho perdida. E pra tentar sobreviver no meio dessa crise toda, a gente tá criando no próximo dia 15 o Stonehenge Rock Burger, que é uma hamburgueria artesanal e futuramente pizzaria também, que  gente tá tentando agregar junto com nosso público e sobreviver nessa crise toda".

Mesmo com a situação incômoda, Rodrigo garante que não larga o trabalho com o rock. "Eu acho que é uma breve pausa, em breve estaremos com o setor, não só do rock, mas todo o setor cultural, mesmo com restrição. A gente tá esperando a oportunidade de trabalhar de novo.Temos muita garra e sangue no olho de continuar trabalhando com rock'n'roll como fazemos a 21 anos".