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CoronaVac

UFMG vai aplicar vacina chinesa contra a covid-19 em 800 voluntários da saúde

A participação é restrita a médicos, enfermeiros e paramédicos, que atuem diretamente no cuidado de pacientes infectados pelo vírus

16/07/2020 11h08
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Por Itasat

Profissionais da saúde de Minas que quiserem participar dos testes da vacina CoronaVac, desenvolvida na China, poderão se inscrever na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A participação é restrita a médicos, enfermeiros e paramédicos, que atuem diretamente no cuidado de pacientes infectados pelo vírus. A pesquisa contará, ao todo, com 800 voluntários.

O ensaio, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por todas as outras entidades que regulamentam esse tipo de procedimento nos campos ético e legal, é coordenado em todo o Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo. A vacina começa a ser aplicada na próxima semana.

Em Minas Gerais, os testes estão a cargo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos (CPDF), da UFMG. O professor Mauro Teixeira, que coordena o CPDF, explica que a vacina utiliza o vírus morto e purificado, uma tecnologia conhecida e de eficácia já bastante comprovada para doenças como gripe, poliomielite e pneumonias, entre outras.

Como ser  voluntário

Para que possa participar, os voluntários têm que cumprir os seguintes critérios:

•  ter mais de 18 anos

•  não ter sido contaminado pelo novo coronavírus

•  não participar de outros experimentos

•  não estar grávida

•  não ter intenção de engravidar nos próximos meses

•  não apresentar doenças crônicas

•  não fazer uso de medicamentos contínuos

•  ter registro ativo no conselho profissional de seu ofício

Caso preencha todos esses critérios, o voluntário deverá entrar em contato com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fármacos do ICB-UFMG, pelo e-mail [email protected].

Resultados mais rápidos

Segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, a escolha por profissionais de saúde que trabalham com pacientes de covid-19 deverá possibilitar que os resultados dos testes sejam ainda mais rápidos. Serão nove mil voluntários em todo o Brasil. Os resultados dos testes devem sair em outubro.

Além de Minas e São Paulo, participam centros de pesquisas do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Distrito Federal. Se comprovada a eficácia da vacina, o acordo com a Sinovac prevê a transferência de tecnologia para o Butantan produzir 100 milhões de doses, das quais 60 milhões ficarão no Brasil. O imunizante será distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Mais informações podem ser encontradas no site do governo de São Paulo, ao qual está ligado o Instituto Butantan.