Por Itasat
Médicos intensivistas divulgaram nota demonstrando preocupação quanto à ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). De acordo com o o diretor jurídico do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), Maurício Meireles Góes, a ocupação de leitos de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS) chegou, na prática, a 100% em Belo Horizonte. Já nas unidades privadas a ocupação, segundo ele, é de 80%. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) rebate a informação e informa que os números dos leitos não se alteram há uma semana, com os mesmos 85% de ocupação de UTI.
"Na prática, a ocupação de leitos de UTI do SUS é de 100%, porque não existem mais leitos vagos e sim leitos que estão em desinfecção para a entrada de um novo paciente. A gente estima que tem mais de 500 pacientes com covid-19 em terapia intensiva em Belo Horizonte. Mais de 70% desses pacientes estão em ventilação mecânica. É um recorde extraordinário", diz.
De acordo com ele, o momento é de aumentar as medidas de isolamento social e "apertar as restrições do comércio". "Não tem como aumentar mais o número de leitos. Não sabemos se chegamos no pico, mas chegamos no colapso dos leitos: 100% de SUS e 80% dos leitos de hospitais privados".
Ele também denuncia que o Hospital de Campanha estão atendendo da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) quando recebem alta do CTI e que existem pacientes que estão em Upas aguardando vaga. "Entendemos que falta sintonia entre a prefeitura e o estado para que a situação seja melhor resolvida", diz.
Belo Horizonte possui 320 mortes por coronavírus e 13.559 casos confirmados. 3.250 pacientes estão em acompanhamento e quase 10 mil se recuperaram da doença na capital mineira. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.