Por Itasat
Após a Petrobras anunciar o reajuste de 5% do gás de cozinha, a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg-BR) elaborou um documento que será enviado ao Ministério Público Federal e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedindo a intervenção dos órgãos no reajuste.
Para o presidente das Asmirg-BR, Alexandre Borjaili, o aumento é um crime contra a população brasileira. De acordo com ele, a associação fará duas contestações. A primeira é sobre a mudança de fala do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
“Até o dia 12, ele afirmava que o gás iria sofrer uma redução considerável. Desde ontem, quando a Petrobras anunciou o aumento, o discurso mudou. Então, o gás agora vai poder sofrer reduções de preço, com aprovação do projeto de lei do gás natural a longo prazo”, disse.
O segundo questionamento é em relação ao preço praticado pela Petrobras. “A Petrobras alegou que o gás está tendo um aumento em função do aumento do preço barril de petróleo. Quando o preço do barril de petróleo estava no limite superior, de US$ 75,17, a Petrobras praticava um preço do botijão de gás de cozinha a R$ 22,03, isso em 5 de abril de 2018”, lembrou.
“Hoje (ontem), 13 de agosto de 2020, nós estamos com o preço do barril de petróleo a US$ 45,33 dólares, uma redução de aproximadamente 60%. A Petrobras deveria estar registrando o gás não a R$ 27, em média, mas sim a R$ 8,80, em valores médios”, completou.
Segundo ele, esse reajuste de 5% anunciado pela estatal representa um aumento na refinaria em torno de R$ 1,30. Com isso, o produto deve aumentar para o consumidor de R$ 1,50 a R$ 2, por causa da variação de preços de companhias.