Por Itasat
O vereador Ronaldo Batista de Morais (PSC), de Belo Horizonte, é um dos investigados pelo assassinato do também vereador Hamilton Dias de Moura, da cidade de Funilândia, ocorrido em julho deste ano na capital. O gabinete de Ronaldo na Câmara Municipal de BH foi alvo de mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira. Pelo menos dez computadores foram apreendidos. Segundo fontes, o autor dos disparos que mataram Hamilton foi preso hoje em Juatuba, na Grande BH.
A operação, desencadeada pelo Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), ocorre em outros pontos da capital. Inicialmente, foi informado que a ação tinha relação com a tentativa de homicídio de um policial penal, mas a situação foi atualizada posteriormente.
O vereador Hamilton Dias de Moura foi assassinado no dia 23 de julho, na avenida Amazonas, na região Oeste de Belo Horizonte. O parlamentar foi morto dentro do próprio carro.
Apesar de ser vereador de Funilândia, Hamilton integrava o Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transportes de Cargas de BH e Região, que tem sede no bairro Barroca, na capital mineira.

Ronaldo
Ronaldo presidiu o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte e Região (STTRBH) e é réu em ação na 9ª Vara da Justiça do Trabalho, ao lado de outras dez pessoas, por má administração da entidade, apropriação indébita e dilapidação e malversação do patrimônio da entidade.
Em 17 de julho deste ano, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de quatro imóveis de cunhado de Ronaldo, que tomou posse em agosto de 2019, após a cassação de Cláudio Duarte.
O processo corre desde 2018 e, quando assumiu o mandato na Câmara de Municipal, o político já tinha os bens bloqueados.
O novo bloqueio se estendeu a quatro imóveis vendidos por Ronaldo a um cunhado. Segundo despacho da juíza Aline Paula Bonna, a comercialização teria sido feita em preços bem abaixo dos praticados pelo mercado.
No despacho, a magistrada afirma que a transação tinha “a nítida intenção de ludibriar o Judiciário, com o intuito de obter vantagem indevida, alterando a verdade dos fatos, simulando negócios jurídicos visando blindar o patrimônio e se furtar ao pagamento dos débitos trabalhistas”.