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Covid-19: doença neurológica pode ter motivado a interrupção dos testes da vacina de Oxford

A informação é do The New York Times

09/09/2020 08h37
Por:

Por Itasat

Uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal e pode ser desencadeada por diferentes motivos pode ser a causa para a interrupção dos testes com o contra covid-19, desenvolvida pela Universidade de Oxford. A informação é do The New York Times, que ouviu, sob condição de anonimato, uma pessoa próxima do caso. Um paciente testado apresentou o problema.

Pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcolmo explicou, em entrevista a Globo News, também falou sobre a suspeita. "Eu consegui falar com a Inglaterra assim que a informação saiu, mas nós sabemos que houve um caso de uma manifestação chamada mielite transversa, que é uma manifestação clínica - muitas vezes autoimune - atribuível a várias doenças. É uma manifestação neurológica que pode evoluir com perda temporária, parcial ou grande, afetando a medula humana e que isso pode estar ou não relacionado a vacina", disse Margaret.

Anvisa é comunicada 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nessa terça-feira (8), que recebeu comunicado do laboratório britânico AstraZeneca sobre a interrupção de estudos, que envolvem a Fiocruz, para desenvolver vacina contra a covid-19. Desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, esta vacina é a aposta do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para imunizar a população.

A agência disse que aguarda mais informações da AstraZeneca para se pronunciar oficialmente sobre a interrupção dos estudos. A decisão do laboratório britânico ocorre no dia em que o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que em "janeiro a gente começa a vacinar todo mundo".

O governo federal abriu crédito de cerca de R$ 2 bilhões para a Fiocruz receber, processar, distribuir e passar a fabricar sozinha a vacina.

De acordo com fonte da Anvisa, o laboratório apenas enviou um comunicado à agência sobre a interrupção, sem detalhar que tipo de efeito colateral foi notado em participante do estudo, por exemplo, que levou a travar os trabalhos. Técnicos da Anvisa, agora, buscam mais informações da AstraZeneca.

"A decisão de interromper os estudos foi do laboratório, que comunicou os países participantes. A Anvisa já recebeu a mensagem e vai aguardar o envio de mais informações para se pronunciar oficialmente", disse a Anvisa em nota.