Por Redação
As obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Sete Lagoas serão retomadas em breve. Quem garante é o presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), Robson Machado. "O prazo de conclusão da obra é de 18 meses, mas em 14 meses a ETE já estará apta a operar", afirma. Na última segunda-feira, dia 5, a autarquia assinou contrato com o Consórcio Sete Lagoas, formado pelas empresas Sinarco, Infracon, RFJ, R&R, Conata Lider e Dact, vencedor do processo licitatório (Concorrência Pública nº 02/2019), que contou com a participação de seis empresas.
O contrato n° 0424.406-56, no valor de R$ 72,4 milhões, dos quais R$ 8,6 milhões são contrapartida do Município, garante o reinício e a conclusão das obras da ETE na comunidade de Areias, região do bairro Tamanduá. A Estação fará o tratamento de 100% do esgoto de Sete Lagoas (hoje apenas 10% é tratado). Assim, o Município devolverá água limpa para o córrego dos Tropeiros, que deságua no ribeirão Matadouro e que, por sua vez, deságua no Rio das Velhas, de onde Sete Lagoas retira parte da água que abastece a população.
As obras da ETE tiveram início em 2018 e foram paralisadas meses depois por problemas contratuais junto à empresa que venceu a licitação na época. Para não perder os recursos federais, Município e SAAE trabalharam meses para garantir o reinício das obras. Segundo o presidente do SAAE, a ETE terá um sistema de interceptação unificando o esgotamento sanitário de Sete Lagoas. "A expectativa é que os trabalhos sejam iniciados o mais breve possível. Toda a equipe técnica do SAAE está colaborando", explica.
A capacidade inicial da ETE é de 510,73 litros/segundo, com projeção até 2035, e está sendo construída em um terreno de aproximadamente 130.000 m². Serão ao todo seis interceptores, perfazendo aproximadamente 31 km. O tratamento será feito em duas etapas: a anaeróbica, constituída por reator do tipo UASB, e a aeróbica, feita por meio de filtros biológicos percoladores e decantadores secundários.