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Denúncia

Profissionais da saúde fazem protesto e denunciam que há pacientes no corredor do João XXIII

Maior hospital de Minas

13/10/2020 09h24
Por:

Por Itasat

Um ato é realizado por profissionais da saúde na manhã desta terça-feira em frente ao Hospital João XXIII, no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte. Eles denunciam precarização na unidade de saúde, a maior do estado, após mudanças nos espaços de atendimento.

A Associação Sindical dos Trabalhadores em Hospitais de Minas Gerais (Asthemg) explica que o fechamento da Sala 7 desalojou os pacientes para o corredores, como mostram as fotos enviadas. Houve, também, a unificação na Sala de 3 de pacientes de sete clínicas diferentes, que antes tinham espaços próprios.

“Isso tem ocasionado erros, colocando em risco os profissionais e os pacientes, uma vez que está muito comum o sumiço de papeleta e inscrições ou a mistura das medicações que já estão preparadas na bancada”, afirmou o presidente da Asthemg, Carlos Martins.

Além disso, segundo Martins, foi desativado o setor que era exclusivo para atendimento de mulheres e crianças. “Agora, são todos cuidados no mesmo ambiente em que estão os homens. Imaginem uma mulher que tenha uma queimadura nas partes íntimas ou no tórax ter que ser exposta em uma maca ao lado de outro paciente do sexo masculino”, exemplificou.

A Asthemg apresentou as seguintes reivindicações:

- reabertura imediata da Sala 7 no ambulatório, para que os pacientes saiam dos corredores;

- garantia de ambiente adequado e salubre na Sala 6, já que o local é fechado por ser tratamento de covid-19 e tem chegado a 39ºC sem o sistema de ventilação apropriado;

- revisão da decisão de fechamento do setor onde mulheres e crianças eram atendidas;

- reposição do quadro de funcionários da enfermagem;

- reconsideração das condutas administrativas que estão sendo implantadas, com consequências que prejudicam a assistência aos pacientes.

Responsável pelo João XXIII, a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), afirmou que mantém diálogo com representantes dos sindicatos e que as reivindicações não foram informadas à administração. Segundo a fundação, assim que for notificada, vai apurar as denúncias.