Promotores japoneses iniciaram buscas na residência onde o ex-presidente do conselho de administração da Nissan Motor, Carlos Ghosn, morava, em Tóquio, quando estava solto sob fiança.
A promotoria realizou buscas na residência no distrito de Minato na quinta-feira diante da suspeita de que Ghosn tenha deixado o Japão por meios ilegais.
O banco de dados da Agência do Serviço de Imigração não tem registro da partida de Ghosn do Japão.
A promotoria e a polícia estão buscando detalhes de como o executivo escapou do país.
Agências de notícias internacionais disseram que o advogado de Ghosn anunciou uma coletiva de imprensa a ser concedida no próximo dia 8, em Beirute.
As atenções estão voltadas para a possibilidade de Ghosn explicar como escapou enquanto estava solto sob fiança sem ser detectado pela imigração e outras autoridades.
A NHK apurou que Ghosn possui dois passaportes franceses, tendo recebido permissão de um tribunal japonês para que mantivesse um deles em uma caixa trancada.
O executivo partiu do Japão clandestinamente enquanto estava em liberdade sob fiança e chegou no Líbano na segunda-feira (30). De acordo com autoridades libanesas, um homem que acredita-se ser Ghosn mostrou um passaporte francês com o nome dele ao entrar no país.
Carlos Ghosn foi denunciado por suspeita de irregularidades financeiras no Japão. Ao ser libertado sob fiança, em abril, os advogados do executivo foram obrigados a reter os passaportes dele.
Os advogados ficaram de posse dos passaportes de Ghosn, emitidos por França, Brasil e Líbano, conforme estipulado nas condições de liberdade provisória.
Segundo fontes, a França havia emitido dois passaportes para o executivo por algum motivo e, inicialmente, os advogados estiveram de posse dos documentos.