Por Itasat
A nova mutação da covid-19 identificada em São Paulo é mais transmissível, porém não mais grave, segundo avaliam pesquisadores que fazem os primeiros estudos sobre a cepa B117 do novo coronavírus, que apareceu primeiro no Reino Unido. O biólogo virologista, José Eduardo Levy, disse que já existem mais de 800 variantes do vírus no mundo. Por isso, é normal aparecer no Brasil.
Amostras da nova cepa da covid-19 encontradas pelo laboratório Dasa, na capital paulista, já foram sequenciadas e encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz.
José Eduardo Levy avalia que mutação do coronavírus é normal, mas alerta que nova forma se espalha com mais facilidade.
“O processo de variação viral é absolutamente normal e corriqueiro. Mas quanto mais gente for infectada, maior é a chance de aparecerem novas variantes. Valorizamos muito essa variante que apareceu na Inglaterra. Estamos falando de um universo de 800 variantes que já existem”, afirmou Levy.
“Essa única variante que estamos lidando é mais preocupante porque ela vem associada com o aumento da transmissão. Os ingleses têm certeza de que essa variante é mais transmissível. Ela tem mutações que são características dela em uma região importante do vírus que aumentam a capacidade do vírus ser transmitido”, completou.
Apesar da maior capacidade de transmissão da nova variante da covid-19, o biólogo virologista ressaltou que a mutação não é mais agressiva. “A mutação não causa uma doença mais grave, não é mais patogênica, mas é mais transmissível. Essa é a grande preocupação, uma variante se espalhando com um alto poder de transmissão”, observou.
Mesmo com o temor pelo aparecimento da mutação, pesquisadores pelo mundo afirmam que as vacinas que já foram desenvolvidas serão capazes de combater também essas mutações da covid-19.