Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas de Teerã nesta sexta-feira para protestar contra os "crimes" dos Estados Unidos, após o país ter reivindicado a autoria dos bombardeios que mataram o general Qassem Soleimani, em um aeroporto de Bagdá (Iraque). Nas fotos, é possível ver iranianos queimando as bandeiras dos EUA e de Israel.
Com frases como "Morte aos Estados Unidos" e cartazes com a foto do general, os manifestantes lotaram as ruas ao longo de vários quarteirões no centro da capital iraniana depois das orações desta sexta. Mais cedo, o presidente, o ministro das Relações Exteriores e o Líder Supremo do Irã deram declarações de pesar e ameaças contra os EUA. O bombardeio foi classificado como um "ato de terrorismo" e "violação à soberania" do País.
"Sem dúvida, o Irã e outros países que buscam a liberdade na região, se vingarão", afirmou o presidente iraniano, Hassan Rohani.
Enquanto isso, o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou: "todos os inimigos devem saber que a resistência jihad continuará com uma motivação dobrada, e uma vitória definitiva dos combatentes na guerra santa ainda é esperada".
Na manhã desta sexta, Khamenei anunciou que o brigadeiro-general Esmail Ghaan ocupará o posto deixado por Soleimani e que a Guarda irá permanecer "inalterada". Até o momento, ele era vice-comandante da força Al-Qods, responsável pelas operações estrangeiras do Irã.