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Vacinação

Pazuello estuda priorizar apenas uma dose da vacina de Oxford para 'reduzir a contaminação'

Ministro informou que 100 milhões de doses devem chegar até junho e mais 110 milhões até dezembro

12/01/2021 09h58
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Por Itasat

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse nesta segunda-feira, 11, que o programa de vacinação contra a covid-19 pode priorizar inicialmente a aplicação de somente a primeira dose na população, pois assim já aconteceria imunização em massa. E só depois todos receberiam a segunda dose. Ao falar sobre a vacina de Oxford, que será produzida no Brasil pela Fiocruz, o ministro informou que 100 milhões de doses devem chegar até junho e mais 110 milhões até dezembro, totalizando 210 milhões de doses.

"Com duas doses vai a 90 e tantos por cento (a eficácia da imunização da vacina de Oxford). Com uma dose vai a 71%. Com 71%, talvez, a gente entre para imunização em massa. É uma estratégia que o CVS (Centro de Vigilância Sanitária) vai fazer para reduzir a pandemia. Talvez o foco não seja na imunidade completa, mas na redução da contaminação. E aí a pandemia diminui muito. Podendo aplicar a segunda dose depois de um tempo. Espero que tenha sido claro. Tudo isso vem pela Fiocruz e Biomanguinhos, nossa maior estrutura." Segundo o ministro, o Brasil já tem contratado, o total de 354 milhões de doses de vacinas.

Início da vacinação

Pazuello voltou a afirmar que a vacinação terá início simultâneo em todas as unidades da federação, mas não deu uma data. Informou vagamente: "no dia D e na hora H". A única garantia que deu é que os brasileiros estarão vacinados “três a quatro dias” após a aprovação do uso emergencial de qualquer vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Também acrescentou ainda que cada Estado precisa ter um plano de imunização próprio preparado, devido às peculiaridades logísticas locais. O ministro apresentou três possíveis cronogramas. Em um panorama mais curto, a vacinação poderá começar até 20 de janeiro, segundo ele, caso haja liberação rápida da Anvisa. Nessa hipótese, já há 6 milhões de doses da CoronaVac, da empresa chinesa Sinovac, disponíveis para uso, que foram importadas pelo Instituto Butantã, de São Paulo.

Nesse caso, segundo ele, uma dificuldade é que a CoronaVac não possui autorização para uso emergencial nem mesmo na China, o que pode resultar em demora maior para a aprovação pela Anvisa. Ele afirmou que o ministério “tem todo interesse” na aprovação do imunizante. Outras 2 milhões de doses da vacina da Astrazeneca/Oxford já foram compradas na Índia, onde já tiveram uso autorizado, disse o ministro. A chegada deve ocorrer dentro de dez dias, a depender de liberação pelo governo indiano.