Por Itasat
O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou nesta quinta-feira (14), novas medidas para tentar conter a disseminação do novo coronavírus e o consequente aumento do número de casos no estado. Entre as restrições está a proibição da circulação de pessoas nas ruas de todo o Amazonas, das 19h às 6h.
O governo local também já começou a transferir pacientes diagnosticados com a covid-19 para hospitais de outros seis estados (Goiás, Piauí, Maranhão, Distrito Federal, Paraíba e Rio Grande do Norte) e recorreu à Justiça para que a empresa White Martins seja obrigada a fornecer todo o oxigênio hospitalar de que a rede pública de saúde do estado precisar.
Lima explicou que o toque de recolher não atinge quem trabalha em atividades estratégicas e essenciais, como saúde e segurança pública, nem profissionais de imprensa. Farmácias também poderão atender os clientes, mas apenas por meio de entrega em domicílio.
A medida será detalhada em um decreto, que também proibirá o transporte coletivo de passageiros por estradas ou barcos.
Lima disse que tem conversado com os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello; da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, sobre os riscos do desabastecimento de oxigênio.
Nessa quarta-feira (13), a demanda pelo produto em hospitais públicos do Amazonas superou em mais de 11 vezes a média diária de consumo da terça-feira (12). As unidades de saúde particulares também já enfrentam dificuldades de abastecimento.
Nos últimos dois dias, a Justiça estadual deu decisões favoráveis a estabelecimentos privados para que as empresas White Martins e Nitron da Amazônia sejam obrigadas a manter o fornecimento de uma quantidade mínima do produto.
“Estamos numa operação de guerra, onde os insumos, sobretudo a questão do oxigênio nas unidades hospitalares, é o produto mais consumido diante dessa pandemia”, disse o governador Wilson Lima.
De acordo com o governo estadual, até essa terça-feira à tarde o Amazonas contabilizava 219.544 casos de covid-19 e 5.879 óbitos, com 540 pacientes internados com a suspeita de terem sido infectados pelo novo coronavírus.