Por Itasat
O Ministério da Saúde informou nessa sexta-feira (22), que o governo federal vai criar um Fundo Epidemiológico para reforçar a imunização contra a covid-19 e frear o avanço da pandemia no estado do Amazonas, que vive um colapso no sistema de saúde por causa da disseminação do novo coronavírus. Segundo a pasta, a proposta foi aprovada por unanimidade na última quinta-feira (21), na reunião do Fórum de Governadores.
"O Fundo Epidemiológico foi elaborado em parceria com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e destina uma cota das novas doses de vacinas para a região que estiver mais impactada pela pandemia no período analisado. Neste momento, as doses serão destinadas ao Amazonas", informou o ministério, em nota.
Na primeira cota de vacinas, já entregue aos estados, foram distribuídas cerca de 6 milhões de doses da Coronavac, produzida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Neste caso, cada estado recebeu um volume proporcional de doses, de acordo com o tamanho do público-alvo prioritário neste momento, que são profissionais da saúde, idosos que vivem em instituições de acolhimento e indígenas aldeados.
A próxima cota de vacinas soma outras 6,8 milhões, sendo 4,8 milhões da Coronavac, que já estão sendo distribuídas, e outras duas milhões de doses do imunizante da AstraZeneca, que chegaram hoje ao Brasil, vindas da Índia.
De acordo com o governador do Piauí, Wellington Dias, a proposta aprovada pelos governadores prevê que 5% da nova cota de vacinas seja destinada exclusivamente ao Amazonas, o que representa cerca de 300 mil doses. O restante será distribuído proporcionalmente entre todos os estados, nos mesmos moldes do repasses das primeira cota, de 6 milhões de doses.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Amazonas soma 245,1 mil casos de pessoas contaminadas e 6,8 mil mortes, desde o início da pandemia. Apenas na última semana, foram confirmadas 714 novas mortes por covid-19. Entre 10 e 16 de janeiro, o estado registrou aumento de 32% nos óbitos.