Por Itasat
Uma nova variante do coronavírus (covid-19) foi identificada em três pessoas em São Paulo. Os infectados estiveram no Amazonas, onde essa variante chamada P1 foi detectada inicialmente, e retornaram para o Estado de origem em um voo comercial. O alerta de especialistas é para que a segurança em aeroportos do Brasil seja reforçada.
A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz no Estado de São Paulo, que identificaram que essa variante é mais transmissível e tem sido apontada como uma das causas para o aumento do número de casos da covid-19 em Manaus. No Amazonas, mais de 52% dos casos começaram com a P1 e subiram depois para mais de 85%.
Os pesquisadores dizem que é preciso evitar que essa variante se espalhe pelo restante do Brasil. O foco da fiscalização, de acordo com os especialistas, deve ser os aeroportos, que são as principais portas de entrada dos Estados.
As rotas mais comuns passam pelos três aeroportos de São Paulo: Congonhas, Guarulhos e Viracopos. O mapeamento feito também aponta riscos nos Aeroportos de Manaus, Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Recife, Fortaleza, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.
Para os cientistas, é preciso acompanhar todos os passageiros que passam pelo Aeroporto de Amazonas, com regras mais rígidas de vigilância sanitária. O Instituto alerta ainda para haja um reforço na orientação aos passageiros para que informem o surgimento de sintomas de covid-19.
A Infraero informou que segue as determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a sinalização de alertas aos passageiros e exigência do uso obrigatório de máscaras. Porém, quem viaja de avião sabe que não há distanciamento social e não foi implantada nenhuma medida diferente em relação aos voos do Amazonas.