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Após duas décadas

Médicos são condenados a 25 anos de prisão por tirar órgãos de criança ainda viva em Minas

Sentença é dada mais de 20 anos após o crime ser cometido em Poços de Caldas

30/01/2021 09h19
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Por Itasat

Dois dos três médicos acusados de extrair órgãos de uma criança viva em Poços de Caldas, no Sul de Minas, foram condenados na madrugada deste sábado (30) a 25 anos de prisão. Um deles foi absolvido. O julgamento do "caso Paulo Pavesi" foi realizado desde quinta-feira (28), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte, quase 21 anos após o crime.

Quatro médicos foram apontados como responsáveis por procedimentos incorretos na morte e remoção de órgãos de Paulo Pavesi, de 10 anos, após ele cair de uma altura de 10 metros no prédio onde morava. O exame que apontou a morte cerebral da vítima teria sido forjado, e o garoto ainda estaria vivo no momento da retirada. O crime foi cometido em abril de 2000.

Dos quatro profissionais de saúde, três foram levados a júri popular por homicídio qualificado: Marco Alexandre Pacheco da Fonseca foi absolvido e José Luis Gomes da Silva e José Luis Bonfitto condenados a 25 anos de prisão.

Os mandados para a detenção dos dois foram expedidos logo após o julgamento. O juiz Daniel Chaves determinou a prisão imediata, negando a possibilidade de que eles recorram da decisão em liberdade.