Por Itasat
A agência de medicamentos da União Europeia (EMA) iniciou nesta quinta-feira (4), o procedimento de "revisão contínua" da vacina anti-Covid Sputnik V, desenvolvida pela Rússia e que pode ser usado no Brasil.
Esse é o quarto imunizante sob análise da EMA neste momento, ao lado das fórmulas da belga Janssen (subsidiária da Johnson & Johnson), da americana Novavax e da alemã CureVac. Além disso, a agência já aprovou o uso emergencial das vacinas de Biontech/Pfizer, Moderna e Oxford/AstraZeneca.
Até o momento, a UE tem acordos para compra de imunizantes contra o novo coronavírus apenas com laboratórios de países ocidentais.
Normalmente, toda a documentação referente ao processo de aprovação de um medicamento é entregue à EMA de uma só vez. No entanto, no caso de uma "revisão contínua" ("rolling review", em inglês), a agência analisa os dados conforme eles vão sendo disponibilizados.
Após a EMA considerar que as informações já são suficientes, os fabricantes devem submeter um pedido formal de registro. Segundo Kirill Dmitriev, CEO do fundo soberano da Rússia (RDIF), que financiou o projeto da Sputnik V, o país está pronto a fornecer doses suficientes para vacinar 50 milhões de europeus a partir de junho.
"Fornecemos à EMA todos os dados necessários sobre uma vacina já aprovada por mais de 40 países", declarou Dmitriev, de acordo com a agência Ria Novosti. Uma dessas nações é a Hungria, que não quis esperar a União Europeia e já começou a usar a Sputnik V.
De acordo com um estudo publicado no início de fevereiro pela revista científica The Lancet, a vacina tem eficácia de 91,6% na prevenção da Covid-19. A Sputnik V utiliza adenovírus inativos contendo o gene responsável pela codificação da proteína "spike" para gerar resposta imune contra o Sars-CoV-2.