Por Itasat
Com o avanço do novo coronavírus e a descoberta de novas cepas, o governo de Minas Gerais e prefeitos de cidades mineiras temem a falta de oxigênio para o atendimento aos pacientes com covid-19, já que o insumo é essencial no tratamento da doença.
O empresário mineiro e dono da empresa Oxigênio Divinópolis, Arthur Rezende, afirma que há oxigênio para suprir as necessidades, mas o que dificulta é a falta do cilindro. Segundo ele, na pandemia o cilindro passou de R$ 700 para R$ 1.200 e são, no mínimo, 120 dias para receber a carga solicitada. “A nossa maior dificuldade hoje está sendo a questão dos cilindros, a indústria não está conseguindo manter um prazo curto para nós estarmos comprando.”
O diretor da Mat Cilindros, de Jundiaí, em São Paulo, Jorge Matuí, confirma uma demanda 30% maior na procura pelos cilindros, mas, de acordo com ele, a indústria aumentou a capacidade de produção. Ele explica que o que falta para atender as necessidades de quem procura é um planejamento.
Hoje o tempo para entrega dos cilindros chega a 60 dias e em Minas Gerais, por exemplo, o problema é a logística, já que o estado têm muitos municípios.
“A produção de cilindros está atendendo a demanda, o que observamos são dificuldades logísticas para fazer chegar os cilindros com oxigênio em determinadas localidades onde não existem produção de oxigênio suficiente para atender o crescimento rápido da demanda por esse gás. Minas Gerais conta com uma grande capacidade de produção de oxigênio porque existe uma estrutura industrial importante, mas é um estado grande de extensão o que exige uma necessidade de planejamento logístico para fazer chegar os cilindros nas localidades mais afastado.”