Por Itasat
Um monitoramento do Ministério da Saúde (MS) apontou que o fornecimento de oxigênio medicinal está "preocupante" em seis estados e em "estado de atenção" em outros sete em meio ao agravamento da pandemia da covid-19 no país. A situação foi relatada por um assessor do Departamento de Logística da pasta em reunião nessa segunda-feira (22), com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na videoconferência, o general Ridauto Fernandes, diretor de Logística do ministério, disse que há risco de falta do insumo no Acre, em Rondônia, no Mato Grosso, no Amapá, no Ceará e no Rio Grande do Norte. Além disso, afirmou que Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão em "estado de atenção".
De acordo com a PGR, o general ainda apontou que o governo federal estuda incluir os motoristas de empresas de gases medicinais como grupo prioritário da vacinação contra o novo coronavírus. A demanda é reivindicada pelas fabricantes.
Na segunda-feira, o Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia de Covid-19 (Giac) já havia enviado um ofício ao governo federal sobre o risco de desabastecimento do Amapá. Segundo comunicado da PGR, ainda há relatos de problemas na Paraíba e em outros estados do Nordeste.
A multinacional White Martins também participou na reunião, na qual teria informado um aumento de até 300% na demanda em algumas localidades.
A escassez de oxigênio tem preocupado estados e municípios. Na segunda-feira, o Mato Grosso confirmou que duas fornecedoras notificaram haver risco de desabastecimento em cerca de 50 municípios. Na mesma data, o Paraná indicou necessitar de mil cilindros para dar conta da demanda, enquanto na sexta-feira (19), um levantamento apontou que 54 municípios paulistas estão com "estoque crítico" de oxigênio.