Por Itasat
A Central dos Hospitais de Minas Gerais, representante de 545 unidades particulares de saúde no estado, está preocupada com a quantidade de insumos para intubar pacientes, diante do aumento de internações pela covid-19.
“A situação [do kit intubação] está crítica nos estoques dos hospitais, porque com o consumo subindo de repente você não consegue uma logística, até de produção, a tempo de suprir todos”, afirma o superintendente da entidade, Wesley Nascimento.
A central também teme uma falta de cilindros de oxigênio. “Quanto ao oxigênio, Minas é mais bem suprido. A indústria tem uma fábrica aqui, temos muitas indústrias que usam oxigênio, mas hospitais mais afastados usam ainda cilindros e eles têm uma certa dificuldade. Imagine: ele estava acostumado a usar 50 cilindros por mês e de repente passa a usar 200. Onde ele vai conseguir esses outros 150 cilindros? Essa logística está dificultosa”, diz o superintendente.
De acordo com Nascimento, a situação de leitos de UTI na rede privada está tão crítica quando a da pública. “Nós temos observado junto aos nossos representados um aumento expressivo de internações, principalmente nas UTIs.E houve, junto com a covid, a questão das doenças respiratórias, que também culminou com um aumento nesses últimos meses.”
Mas a maior dificuldade nas últimas semanas tem sido a contratação de médicos intensivistas, especializados em atender pacientes em Unidades de Terapia Intensiva. “Com dinheiro você consegue construir um hospital de campanha, colocar aparelhos lá, aumentar leitos num hospital, mas, de maneira rápida, não consegue formar um profissional capacitado. Isso é com o tempo de formação, com experiência. A demanda muito alta com certeza vai gerar uma falta [desse tipo de profissional]”, relata.