Por Itasat
O clássico entre Cruzeiro e América, o primeiro das semifinais do Campeonato Mineiro, foi quente dentro e fora do gramado. Dentro de campo, o Coelho venceu por 2 a 1, de virada, mas as provocações de ambos os lados também foram destaque. Após a partida, o técnico Lisca, que esteve envolvido na maior parte dos bate-bocas com atletas do time celeste e com integrantes da comissão técnica adversária, acusou jogadores da Raposa de humilharem os americanos quando estavam ganhando o duelo e, por isso, retrucou.
“Confusão em campo é normal. Depois do gol deles que o VAR demorou, o banco deles provocou, botou mão em órgãos genitais, falou um monte de coisa, mas o América não vai mais aceitar isso. Não vai mais aceitar. Se tiver provocação de lá, vai ter daqui também. Se falar de lá, vamos falar daqui”, frisou.
Tudo começou após o gol do Cruzeiro, aos 37 minutos do primeiro tempo, que foi anulado pelo auxiliar Marcos Vinícius Gomes. O técnico Lisca chegou a aprovar a marcação do bandeira dizendo que o atacante Bruno José estava “um metro” adiantado no início da jogada. Mas, após três minutos de revisão no VAR, o gol foi validado, o que irritou o treinador do América, que foi advertido com o cartão amarelo pelo árbitro Marco Aurélio Fazekas. O comandante do Coelho, inclusive, está suspenso para o duelo de volta por ter levado o terceiro amarelo.
Antes da revisão do VAR, Lisca chegou a reclamar com a arbitragem da provocação vinda de integrantes do banco de reservas do Cruzeiro. Após a confirmação do gol, a situação ficou mais “quente” entre as duas partes e permaneceu ao longo do segundo tempo.
“Quando estavam ganhando o jogo, eles humilharam nossos jogadores algumas vezes. Falaram um monte de porcaria. E nós também vamos falar, velho. Então, o que é do campo, ficou dentro do campo, morreu. Vida que segue. Futebol é assim”, opinou Lisca.
Após o América virar o jogo, já nos acréscimos, o goleiro Fábio e o treinador americano chegaram a bater boca. Em determinado momento, o camisa 1 da Raposa foi flagrado pelas câmeras de TV dizendo a Lisca “Te respeito pra c....”, enquanto o treinador fazia o gesto com as mãos de “fala muito”.
Após o apito final, na saída dos dois times de campo, uma confusão generalizada tomou conta do túnel que dá acesso aos vestiários do Mineirão. Jogadores e comissões técnicas de Cruzeiro e América trocaram empurrões e insultos. Durante a discussão, o atacante Marcelo Moreno disse: “Vai ter volta”, referindo-se ao segundo duelo entre as equipes no próximo domingo (9), às 16h, no Independência.
Lisca afirmou que não estava na confusão e viu a briga como uma tentativa do Cruzeiro de mudar o foco do resultado do clássico. “Discussão fora de campo eu não posso falar, porque eu não vi. Já estava dentro do vestiário. Quando o juiz apitou o jogo, eu desci tranquilamente e não tive problema com ninguém. Parece que vieram alguns jogadores do Cruzeiro. Vejo isso mais como um desvio de foco por uma derrota de virada no final da partida, que é sempre doloroso. Acho que eles foram experientes em tentar desviar o foco pelo resultado, mas faz parte do jogo e, graças a Deus, não aconteceu nada aqui. O jogo foi resolvido dentro de campo. Vamos lá. Vida que segue”, ressaltou.
Com a vitória por 2 a 1, o América poderá perder por um gol de diferença para ir à final, pois tem a vantagem de jogar por um triunfo e uma derrota pela mesma diferença de gols. Já o Cruzeiro precisará vencer por dois de vantagem para ir à decisão.