Os Estados Unidos conduziram seu primeiro exercício em massa com o novo caça F-35A, lançando 52 deles de sua base em Utah, segundo informou a unidade 388ª Ala de Caça. A força aérea americana, porém, defendeu a tese de que foi uma coincidência o fato de o número de aeronaves apresentadas ser o mesmo dos alvos citados pelo presidente do país, Donald Trump, em sua ameaça de ataque ao Irã - ele disse que tinha mapeado 52 pontos iranianos, incluindo de seu patrimônio cultural.
"Assim como o momento, o número é uma coincidência. Esse é o máximo (de aviões) que podemos colocar no ar", disse o porta-voz da força aérea de Hill, Micah Garbarino, segundo o jornal britânico The Guardian. Ele explicou que o exercício vinha sendo planejado há meses.
O último F-35A Lightning foi entregue em dezembro, quatro anos após o lançamento do primeiro modelo. Os novos jatos elevaram a 78 o número de aeronaves da força ativa das Alas 388 e 419.
De acordo com o Guardian, dos três esquadrões ativos, um está em operação no Oriente Médio - e dois deles estacionados em Utah, que participaram do exercício em massa conhecido na força aérea pelo termo "caminhada de elefante".
A base conduziu os voos de testes por mais de dez minutos na manhã de segunda-feira, como anunciou a Ala 388.
O exercício representa a conquista da capacidade total de combate do F-35, considerado o programa militar mais caro já desenvolvido, marcado por controvérsias, questões técnicas e excedentes de custos.
O F-35A é uma versão convencional de decolagem e pouso do avião. O plano dos EUA é desenvolver mais de 2,6 mil aviões entre agora e 2037.