Por Ascom Prefeitura
O prefeito Duílio de Castro recebeu o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em Sete Lagoas, na manhã desta sexta-feira, 21. A visita foi marcada por agendas ligadas às áreas de educação, desenvolvimento regional e saúde. O principal ato foi a apresentação do plano de retomada das obras do Hospital Regional, que já foi colocado em prática e tem previsão de conclusão para dois anos.
A agenda do governador foi aberta com uma visita à Escola Estadual Zico Paiva, onde representantes da educação fizeram reivindicações e foram anunciadas melhorias para a unidade educacional. Em seguida, acompanhado do prefeito Duílio de Castro, Romeu Zema seguiu para uma visita à inacabada obra do Hospital Regional, onde também participaram prefeitos da região de Sete Lagoas.
O secretário-adjunto de Planejamento do Governo de Minas, Luís Otávio Milagres de Assis, abriu a programação apresentando o Termo de Reparação assinado com a Vale devido ao rompimento da barragem de Brumadinho. Deste acordo com a previsão, cerca de R$ 1 bilhão será aplicado na conclusão de hospitais regionais no Estado. “É o segundo maior acordo de reparação da história mundial. A situação está muito bem definida e agora depende apenas de aprovação de Projeto de Lei, que trata da utilização dos recursos, pela Assembleia Legislativa”, comentou.
O prefeito Duílio de Castro representou os prefeitos da região e fez questão de agradecer a Romeu Zema pela visita e principalmente pela garantia de conclusão do Hospital Regional. “Foi o governador que mais esteve em Sete Lagoas em pouco mais dois anos de mandato. Agora, foi a vez de anunciar a retomada desse projeto que tem alcance regional e vai salvar muitas vidas. Desde 2014 não se aplica um centavo nesta obra e o governo Zema agiu com estratégia para costurar este acordo com a Vale que vai beneficiar centenas de municípios mineiros”, comentou.
Duílio de Castro também destacou outras demandas, como a negociação para a regularização de repasses para o Fundo Municipal de Saúde que estão em atraso e ainda a duplicação da MG-424, principal ligação de Sete Lagoas com o Aeroporto de Confins. “Esta negociação da dívida de outras administrações é uma demonstração de gestão e planejamento do governo estadual. Somente para Sete Lagoas são mais de R$ 100 milhões” pontuou o prefeito.
Romeu Zema fez questão de ressaltar que a retomada da obra está garantida e que a conclusão deve ocorrer em dois anos. “Existe um recurso já destinado para este projeto. Sempre fui muito ponderado e, como se diz, nunca joguei pra galera. Prefiro deixar de anunciar algo enquanto não existe previsibilidade do que somente causar falsas esperanças e depois não entregar nada. Esta situação aqui está muito bem definida”, comentou.
DIAGNÓSTICO
Para definição do valor que será investido na conclusão do Hospital Regional está sendo realizado um diagnóstico das obras já executadas. Esse processo fornecerá dados e informações que permitirão o início do processo licitatório para a contratação da empresa que retomará as obras. A previsão é que este trabalho seja concluído em 90 dias.
GESTÃO COMPARTILHADA
O secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, ressaltou que a pandemia do coronavírus revelou as insuficiências do sistema de saúde pública do Estado e exigiu ainda mais atenção para a área. “Espero que brevemente tenhamos que falar sobre o fluxo desse hospital e não sobre falta de leitos”, comentou. O secretário também adiantou que o Hospital Regional deverá ter gestão compartilhada com a atuação de instituições de ensino superior e filantrópicas com abertura até para planos de saúde. “Tudo será definido por meio de edital que será publicado brevemente”, disse.
HOSPITAL REGIONAL
As obras do Hospital Regional foram iniciadas em 6 de junho de 2011, de acordo com a ordem de serviço inicial, no ato da assinatura do contrato, e contempla a construção em terreno de 40.000 m². A construção foi paralisada em 14 de maio 2015, em razão da ausência de recursos advindos do Convênio celebrado com o Estado de Minas Gerais.
A estrutura está dividida em 4 blocos – sendo dois com 3 pavimentos e um com 4 (onde serão as unidades de internação). O bloco A é horizontal, destinado ao apoio técnico e logístico. O bloco B abrigará serviços de apoio administrativo, técnico e logístico, ensino e pesquisa e serviços de apoio médico. O bloco C será de apoio ao diagnóstico e terapia. O último bloco, D, atenderá urgência e emergência e também terá o apoio ao diagnóstico e terapia, além do centro cirúrgico. A unidade poderá prestar os serviços de urgência e emergência, exames por imagens e gráficos, centro cirúrgico, internação intensiva e semi-intensiva, internação geral, pediatria, atendimento a casos de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e clínica médica e cirúrgica.