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Coperlidere
13 anos de prisão

Jovem é condenado a 13 anos de prisão por matar colega de escola em BH após drible no futebol

Sentença diz que houve homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima

27/05/2021 09h20
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Por Itasat

Foi condenado a 13 anos e 6 meses de prisão Hudson Rangel Gomes, de 20 anos, acusado de ter matado Luiz Felipe Siqueira Souza, de 17, em novembro de 2018. O crime ocorreu no Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), na rua Carandaí, em Belo Horizonte, e foi motivado por descontentamento com a vítima por um drible sofrido em uma partida de futebol.

No julgamento, iniciado e concluído nessa quarta-feira (26), no Fórum Lafayette, na capital mineira, Hudson foi condenado por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Promotor no caso, Henry Wagner avalia que houve justiça. "Os jurados reconheceram que o acusado tinha vontade de tirar a vida. Ele assumiu conscientemente o risco, óbvio, de produzir o grave resultado. Reconheceram que o acusado praticou homicídio com dolo indireto ou eventual", alega.

Tio de Luiz Felipe, Walter Evangelista, emocionado, disse que "agora é juntar os cacos" e cobra mais valores à sociedade. "Estávamos apreensivos com medo dos jurados acatarem a tese da defesa. Ele foi condenado. Agora é juntar os cacos, levar a vida mais tranquila e lutar pela educação", diz.

"A gente procura ensinar valores que hoje em dia estão escassos. Felipe era um cara da paz. Um menino iluminado, onde ele passou, ele só deixou luz", desabafou o tio.

Defesa

A defesa considera o resultado injusto, segundo o advogado Arthur Kalil, e recorrerá da sentença. "Não foi o que nós pedimos. Entendemos que outro resultado seria justo. Não contávamos com essa pena tão alta."

Crime

Hudson e outros colegas agrediram Luís Felipe após o término do jogo, conforme a denúncia da promotoria. Um chute do acusado fez com que a vítima caísse de uma escada e batesse a cabeça em uma mureta.

Felipe foi encaminhado para o Hospital Pronto-Socorro (HPS) João XXIII, permaneceu internado por seis dias, mas não resistiu. Ele sonhava ser engenheiro.