Por Itasat
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não pretende analisar o superpedido de impeachment contra Bolsonaro protocolado nessa quarta-feira (30), na Casa. Pelo menos por enquanto, o pedido deve ter o mesmo destino dos outros 123: a gaveta.
"Não será feito agora, né. Tem que esperar", afirmou a jornalistas nessa quarta-feira (30). "O que houve nesse superpedido? Uma compilação de tudo o que já existia nos outros e esses depoimentos, quem tem que apurar é a CPI. É para isso que ela existe. Então, ao final dela a gente se posiciona aqui, porque na realidade impeachment, como ação política, a gente não faz com discurso, a gente faz com materialidade", disse.
O superpedido tem 271 páginas e é assinado por deputados da oposição, centro-direita e ex-bolsonaristas, como Joice Hasselmann (PSL-SP), Kim Kataguiri (DEM-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP). O texto foi elaborado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e tem como signatários, além dos parlamentares, entidades representativas da sociedade e personalidades.
Foram apontados 23 crimes que teriam sido cometidos por Bolsonaro desde que assumiu a Presidência da República.
Lira disse que há ainda outros 120 requerimentos na fila. Ao final da conversa, o presidente da Câmara fez um comentário sobre o trabalho dos senadores na CPI da Covid. "Vou esperar a CPI, está fazendo um belíssimo trabalho, bem imparcial", disse, em tom irônico.