Por Itasat
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou mais um caso de vacinação contra covid-19 com mais doses do que o prescrito pelas autoridades em saúde. Trata-se de uma mulher de Viçosa, na Zona da Mata mineira, que teria tomado quatro doses.
O marido dela, um idoso de 61 anos, é suspeito da mesma prática, enquadrada como estelionato. A investigação contra ele tornou-se pública há cerca de uma semana.
Conforme o MPMG, as investigações apontam que o casal usou a mesma estratégia para burlar a campanha de imunização. Ambos receberam duas doses da vacina Coronavac, em Viçosa. Em seguida, foram ao Rio de Janeiro, onde tomaram uma dose do imunizante da AstraZeneca. De volta a Minas, receberam uma dose da vacina da Pfizer.
Estelionato
Na última semana, o MPMG emitiu nota técnica para reforçar aos promotores de Justiça a necessidade de investigar casos de pessoas que tomaram mais do que duas doses de vacinas contra covid-19. Quem comete a prática, está sujeito a responder por estelionato.
O crime se caracteriza por vantagem indevida obtida para si ou para terceiro em prejuízo de outras pessoas por meio fraudulento. A pena prevista é reclusão de cinco anos, acrescida em um terço por ser praticada contra o poder público, além de multa.
Além do casal em Viçosa, Minas também registrou casos em Juiz de Fora, Chácara e Rio Novo, ambas cidades da Zona da Mata.