Por Ascom Prefeitura
A Prefeitura de Sete Lagoas oferece serviços para o cidadão de urgência, emergência e segurança com o objetivo de salvar vidas e manter a ordem pública. Porém, pessoas que usam o telefone para atrapalhar o dia a dia de quem trabalha na linha de frente coloca em risco a atuação do SAMU e da Guarda Civil Municipal (GCM). Registros comprovam que são centenas de ligações falsas, os chamados trotes, todo mês.
Desde o início da pandemia, o número de ocorrências da GCM se multiplicaram. A corporação assumiu a responsabilidade de, juntamente com a Vigilância Sanitária, fiscalizar estabelecimentos que não cumprem regras sanitárias definidas por lei. Além disso, atende chamados diversos relacionados à segurança pública. “Inclusive, depois o número de trotes aumentou. Muitas vezes recebemos denúncias de que estabelecimentos estão descumprindo normas de segurança contra a propagação do coronavírus e, quando a guarnição chega ao local, não existe nenhum comércio”, explica Anielly Aquino Teixeira, responsável pelo atendimento de ligação na central da GCM (153).
Anielly alerta que o trote é um crime previsto no Artigo 340 do Código Penal e o deslocamento indevido de viaturas pode provocar a desassistência em ocorrências de grande periculosidade. A GCM recebe uma média de três trotes por dia. “É frustrante. As equipes se deslocam com toda motivação e empenho para atender um cidadão que está pedindo socorro e não encontra local, nem a pessoa ou o fato”, completa.
O crime cometido por meio de uma simples ligação telefônica pode provocar graves consequências, principalmente para quem, em um momento de crise, necessita urgentemente de socorro médico. No SAMU (193) os números são alarmantes. Somente em julho ocorreu uma média de 20 trotes a cada 24 horas. “Destacamos dois tipos de trote. Os passados por crianças são de mais fácil identificação. Já os feitos por adultos são transferidos para o médico regulador e, muitas vezes, histórias convincentes provocam os deslocamento de ambulâncias e equipes e deixam a população sem assistência em algum eventual caso real”, explica Lucas Freitas, médico regulador do SAMU.
Quem convive com este crime pede colaboração, compreensão e reforça sobre os riscos para o sistema. “Nosso sistema é preciso e feito para ajudar a todos. No entanto, o trote dificulta. Quem faz o trote hoje, pode precisar do atendimento amanhã”, comenta Larissa Morais, operadora de frota do SAMU. “Quando enviamos uma ambulância para um atendimento falso, podemos deixar uma pessoa que corre risco de morte sem assistência. Ressalto que todos os telefones ficam gravados em nossa central e podem ser denunciados por crime”, completa Lucas Freitas.