Por Itasat
O técnico Cuca, do Atlético, será julgado no Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) na próxima quinta-feira (2), às 11h, por conta das ofensas ao árbitro Leandro Pedro Vuaden na derrota do Galo para o Ceará, no Castelão, no dia 24 de junho, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.
Em julgamento na Terceira Comissão Disciplinar, Cuca foi punido com quatro jogos de gancho. Após cumprir dois (a automática e mais um), o Atlético conseguiu efeito suspensivo até a decisão do Tribunal Pleno para o treinador voltar à beira do gramado durante as partidas.
Agora, o STJD decidirá se Cuca terá que cumprir os dois jogos restantes de punição ou se a pena será reduzida.
Entenda o caso
Após o fim da partida, Cuca entrou em campo para reclamar da arbitragem. Em seguida, quando se distanciava de Vuaden, recebeu o cartão vermelho. A partir daí, o treinador ficou revoltado e começou a chamar o árbitro de “vagabundo” e a falar outras coisas. O comandante alvinegro chegou a ser contido por membros da comissão técnica e pelo atacante Keno.
Na súmula, Vuaden “carregou” no relato dando a versão dele sobre o que o treinador do Atlético disse no campo e na saída para os vestiários.
“Expulsei com cartão vermelho direto, após o término da partida, o técnico da equipe Clube Atlético Mineiro, senhor Alexi Stival, por adentrar ao campo de jogo e vir em minha direção proferindo as seguintes palavras ‘você me dá azar na vida, ainda bem que vou largar para não precisar conviver com pessoas como você. Tenho nojo. Você é um gaveteiro’. Após visualizar o cartão vermelho continuou proferindo as seguintes palavras ‘sem vergonha, se eu cruzar com você na rua te dou umas tapas na cara’, inclusive fazendo menção e se aproximando dizendo ‘vagabundo, vagabundo’. O mesmo foi contido e retirado por integrantes da sua comissão técnica e jogadores da equipe do Ceará. Quando eu estava na área mista me dirigindo ao vestiário da arbitragem o mesmo proferiu as seguintes palavras ‘vagabundo, vagabundo, vai ter CPI hoje porque você me pediu voto para a sua esposa’. Informo ainda que me senti extremamente ofendido em minha honra pelas palavras proferidas contra a minha pessoa”, escreveu Vuaden.
Posteriormente, Cuca divulgou um comunicado pedindo desculpas a Vuaden. O treinador afirmou que jamais teve problema com o árbitro e admitiu: “nunca poderia ter usado as palavras que usei, exageradas, injustas e que não expressam de forma alguma o que eu penso sobre ele e o que eu sinto por ele”.
“Não houve ofensa alguma até o momento em que ele me deu um injusto cartão vermelho. Reconheço que, depois disso, perdi o controle. Não tem justificativa o meu ato ali. Falar de tudo o que eu vivi e o que todos têm vivenciado, ou das circunstâncias do jogo, nada disso serviria como argumento. Venho, portanto, com toda humildade, me retratar e pedir desculpas ao árbitro e ao homem Vuaden. Nunca poderia ter usado as palavras que usei, exageradas, injustas e que não expressam de forma alguma o que eu penso sobre ele e o que eu sinto por ele”, completou Cuca na época.