Por Itasat
O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 44% das intenções de voto para o primeiro turno da eleição presidencial de 2022 e segue à frente na corrida eleitoral, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta (17).
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantém a segunda colocação, com 26% das intenções de voto. No segundo turno, Lula venceria com 56% dos votos, segundo a pesquisa, ante 31% de Bolsonaro.
Os números dos dois no primeiro turno se referem a um cenário em que Ciro Gomes (PDT), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) são incluídos como candidatos. De acordo com o Datafolha, eles têm 9%, 4% e 3% das intenções de voto.
Brancos e nulos somam 11%, e 2% não souberam responder. A margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos.
Na pesquisa anterior, realizada em julho, Lula aparecia com 46% das intenções de voto; Bolsonaro, com 25%; Ciro tinha 8%; Doria, 5%; e Mandetta, 4%.
Em outro cenário, onde o candidato do PSDB seria o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, Lula tem 42%; Bolsonaro, 25%; Ciro, 12%; e Leite e Mandetta aparecem empatados, com 4% cada. 11% votariam branco ou nulo, e 2% não souberam responder. Em julho, os porcentuais dos candidatos testados eram de 46%, 25%, 9%, 3% e 5%, respectivamente.
O Datafolha incluiu dois novos cenários em relação a julho. No primeiro, apenas Lula, Bolsonaro, Ciro e Doria são testados. Neste caso, Lula aparece com 44% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro, com 26%. Ciro aparece em terceiro lugar, com 11%, e Doria vem em quarto, com 6%. 11% votariam em branco ou nulo, e 1% não soube responder.
No segundo cenário novo, são incluídos o apresentador de TV José Luiz Datena (PSL), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o senador Alessandro Vieira (Cidadania-ES), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e o ex-deputado federal Aldo Rebelo (sem partido).
Neste cenário, Lula lidera com 42% das intenções de voto, e Bolsonaro permanece em segundo, com 24%. Ciro Gomes tem 10% das intenções de voto, João Doria, 5%, Datena, 4%, Simone, 2%, e Aldo Rebelo e Rodrigo Pacheco têm 1% cada. Alessandro Vieira não pontua. Brancos e nulos somam 10%, e 2% não responderam.
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, o Datafolha traça cinco cenários. No primeiro deles, com Lula e Bolsonaro, o ex-presidente lidera com 56% das intenções de voto, ante 58% em julho. Bolsonaro teria 31%, o mesmo porcentual registrado na pesquisa anterior. Brancos e nulos somam 13%, e 1% não soube responder.
Em um cenário em que Lula concorre com João Doria, o petista teria 55%, ante 56% registrados em julho. Doria aparece com 23%, ante os 22% registrados no levantamento anterior. Brancos e nulos são 22%, e 1% não respondeu.
Se a disputa fosse entre Bolsonaro e Ciro Gomes, Ciro venceria por 52%, de acordo com o Datafolha, e Bolsonaro teria 33% dos votos. Brancos e nulos seriam 15%, e 1% não respondeu. Em julho, Ciro liderava por 50% a 34%.
Caso Bolsonaro fosse para o segundo turno contra Doria, o tucano teria 46% dos votos, indica o instituto, e o presidente, 34%. Brancos e nulos somam 19%, e 1% não soube responder. Na pesquisa anterior, os porcentuais de Doria e Bolsonaro eram de 46% e 35%, respectivamente.
Em um quarto cenário, introduzido agora, o Datafolha testou um provável segundo turno entre Lula e Ciro Gomes. O petista teria 51% dos votos, e o pedetista, 29%. 19% votariam nulo ou em branco, e 1% não soube responder.
Rejeição
Na mesma pesquisa, o Datafolha testou a rejeição dos principais pré-candidatos à presidência. Bolsonaro tem o maior índice de rejeição, com 59% dos eleitores afirmando que não votariam nele. Lula vem em segundo, com 38%, seguido por Doria, com 37%, e Ciro, com 30%.
A rejeição de Bolsonaro se manteve igual desde julho, enquanto a de Lula subiu um ponto porcentual. A de Doria se manteve, e a de Ciro caiu em um ponto.
O Datafolha entrevistou 3.667 pessoas com 16 anos ou mais, de forma presencial, em 190 cidades brasileiras, entre os dias 13 e 15 de setembro - depois, portanto, dos atos de 7 de Setembro, em que o presidente atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), e também após nota em que ele recuou dos ataques.