Por Itasat
Primeira vacina aplicada no Brasil, a CoronaVac deve deixar o Programa Nacional de Imunizações (PNI) a partir de 2022. A informação foi dada pelo Ministério da Saúde à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Para justificar, a pasta diz que o imunizante tem apenas aprovação para uso emergencial e tem baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos.
A resposta à CPI foi dada por Danilo de Souza Vasconcelos, diretor de Programa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, e Rosana Leite de Melo, secretária do mesmo setor.
"Até o presente momento a autorização (da CoronaVac) é temporária de uso emergencial, que foi concedida para minimizar, da forma mais rápida possível, os impactos da doença no território nacional", diz trecho da resposta.
Ao contrário da Coronavac, a Anvisa já aprovou o registro definitivo dos imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca/Fiocruz. Também aplicada no Brasil, a vacina da Janssen ainda tem registro emergencial.
Eficácia
Um estudo preliminar com adultos acima de 70 anos aponta efetividade média de 42% da Coronavac. Já no Uruguai, uma pesquisa divulgada em maio deste anos apontou que duas doses da CoronaVac reduziram em 97% a mortalidade por Covid-19; em 95% a internação em UTI; e em 57% a ocorrência da doença.
"Além do fato de estudos demonstrarem a baixa efetividade do imunizante em população acima de 80 anos; discussões na Câmara Técnica que não indicaram tal imunizante como dose de Reforço ou Adicional - conforme NT Técnicas SECOVID, assim, no atual momento, só teria indicação como esquema vacinal primário em indivíduos acima de 18 anos. Há estudos em andamento que sinalizam que mesmo usando em esquema vacinal primário há que se considerar uma terceira dose", diz outro trecho da resposta do Ministério da Saúde enviada à CPI.