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APÓS 4 ANOS

Tribunal do Júri de BH julga mais 2 seguranças acusados de matar fisiculturista em boate

Allan Pontelo foi agredido até a morte após se recusar a passar por um procedimento de "revista" em uma boate no bairro Olhos D'Água, na região Oeste de BH

06/12/2021 09h13
Por: Redação

Por Itasat

Dois seguranças de uma boate localizada no bairro Olhos D'Água, na região Oeste de Belo Horizonte, são julgados, nesta segunda-feira (6), pelo assassinato do fisiculturista sete-lagoano Allan Pontelo, em setembro de 2017. 

A vítima foi morta após um desentendimento com outros dois seguranças da boate - já condenados - depois de ter se negado a passar por um procedimento de "revista" em um local afastado. De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a vítima foi espancada de forma violenta, com empurrões, chutes e socos, foi imobilizado e estrangulado até a morte. 

Nesta segunda-feira (6), serão julgados Delmir Araújo Dutra e Fabiano de Araújo Leite. 

Ainda segundo o MPMG, Delmir tinha histórico de abordagens truculentas contra clientes da boate. No dia do assassinato, ele esteve presente no local das agressões, tendo presenciado as agressões e atuado como "força de reserva". Delmir também é acusado de ter instigado outros dois seguranças a praticarem o crime.  

Já Fabiano é acusado de se colocar armado, também como "força de reserva", ao lado dos seguranças condenados pelo assassinato e pronto para intervir "a fim de assegurar o êxito da ação criminosa".

Delmir Araújo Dutra teve a prisão decretada em 24 de outubro de 2017, quase 50 dias após o crime, e ficou detido por pouco menos de um mês. Ele foi solto em 22 de novembro. Já Fabiano, não chegou a ser preso. 

Condenados

Três pessoas já foram condenadas pelo crime. Em 26 de novembro do ano passado, o segurança Paulo Henrique Pardim de Oliveira foi condenado a 11 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. Os jurados reconheceram o envolvimento dele no assassinato, mas reconheceram que houve uma menor participação em relação a outros réus. Por isso, ele foi condenado a 11 anos de prisão. 

Já William da Cruz Leal, de 35 anos, e Carlos Felipe Soares, de 33, foram condenados a 15 anos de prisão, em agosto do ano passado.