Por Itasat
O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, em entrevista exclusiva à Rádio Itatiaia, falou sobre o avanço da variante Ômicron no estado. De acordo com ele, em janeiro, após as festas de fim de ano e durante os recessos escolares, é esperado aumento no número de casos da mutação, originária da África do Sul.
"É questão de pouco tempo ela será dominante no estado. Ela é mais infectante do que a Delta. O que se sabe nos estudos é que ela, aparentemente, é menos letal. Está sendo avaliado se a menor letalidade tem a ver com a variante ou com a vacina", explica.
Baccheretti ressalta a importância da dose de reforço. "Se mostra cada vez mais importante. Há uma nítida queda da eficácia da vacina com o tempo e com as novas variantes. A eficácia cai com as mutações. Por isso a importância do reforço", afirma.
De acordo com ele, o estado já espera aumento no número de casos de covid-19 nas próximas semanas. "Mas esperamos que a vacinação fará diferença e não terá grande mudança no número de pacientes internados e óbitos, que são nossas maiores preocupações."
Carnaval
Segundo o secretário, atualmente, o estado preocupa-se mais com eventos e aglomerações no Réveillon do que no Carnaval. Isso porque as festas da virada do ano ocorrem já nesta semana, enquanto a variante Ômicron ainda se espalha pelo estado e ainda sem grande avanço da cobertura vacinal com dose de reforço.
"O que eu posso dizer é que no Carnaval estaremos em uma condição vacinal muito melhor do que hoje. Vamos até lá avaliar a Ômicron. O Carnaval é possível respeitando os protocolos de grandes eventos. Mas não conseguimos falar disso agora", explicou.
Desobrigação do uso de máscara
Bacceretti voltou a citar que eventual desobrigação do uso de máscara em locais abertos será definido a partir da cobertura vacinal, que atualmente é superior a 80% no estado para o público-alvo (pessoas a partir de 12 anos).
"Só que com a variante ômicron mostrando que mesmo em vacinado ela continua infectando, e a necessidade do reforço. Hoje nosso foco é dar acelerada no reforço e Iniciar a vacinação de criança, provavelmente, em janeiro, e, aí sim, discutirmos a desobrigação do uso de máscara em lugares abertos, em princípio", finalizou.