Por Itasat
Em meio à saída conturbada do goleiro Fábio, o Cruzeiro emitiu um comunicado na manhã desta quinta-feira (6), para explicar sobre a não renovação do contrato do ídolo celeste, que defendeu o clube em 976 jogos e por quase 18 anos.
Segundo o comunicado, o Cruzeiro indicou que ofereceu ao jogador um contrato para a disputa do Campeonato Mineiro de 2022 e, tendo em vista a responsabilidade financeira sob a gestão de Ronaldo Fenômeno, a proposta não foi aceita por Fábio e por seu agente.
Ainda de acordo com a Raposa, em virtude da idolatria em relação a Fábio, um importante sacrifício econômico teria sido feito.
“A proposta respeitava também a imprescindível responsabilidade econômica da entidade. Necessário ressaltar que, ainda assim, sendo Fábio o ídolo que é, um importante sacrifício econômico foi feito. Foi oferecido ao jogador um contrato que certamente extrapolava o razoável para um clube publicamente deficitário. Os termos desta proposta não foram aceitos pelo atleta e seu agente”, escreveu em uma parte da nota.
“O Cruzeiro, desde o início e com enorme respeito, deixou claro que a proposta respeitava sua relevância e admirável história de 18 anos no clube. Não é mais possível aceitar um perfil de administração que fez tantos clubes chegarem a um cenário de inviabilidade”, complementou o Cruzeiro no comunicado.
Leia todo o comunicado divulgado pelo Cruzeiro:
O Cruzeiro esclarece à sua torcida pontos importantes sobre a não renovação do goleiro Fábio. É fundamental lembrarmos que o Cruzeiro tem um desafio imenso de reorganização que precisa ser planejada e executada considerando a sobrevivência da entidade. Nesse sentido, a reestruturação precisa ocorrer em diversos campos: financeiro, organizacional, administrativo e, claro, esportivo. Muitas decisões não são populares mas precisam ser adotadas.
O projeto esportivo que vem sendo implantado considera critérios técnicos e a constituição de um plano de longo prazo para a instituição. As decisões no Departamento de Futebol visam a construção de uma equipe competitiva, sustentável e que esteja a altura da grandeza do clube. Foi exatamente um projeto nessas condições que foi apresentado ao goleiro de 41 anos, que o negou.
A proposta respeitava também a imprescindível responsabilidade econômica da entidade. Necessário ressaltar que, ainda assim, sendo Fábio o ídolo que é, um importante sacrifício econômico foi feito. Foi oferecido ao jogador um contrato que certamente extrapolava o razoável para um clube publicamente deficitário. Os termos desta proposta não foram aceitos pelo atleta e seu agente.
O Cruzeiro, desde o início e com enorme respeito, deixou claro que a proposta respeitava sua relevância e admirável história de 18 anos no clube. Fundamental esclarecer que o desejo do Cruzeiro era de ampliação de vínculo, embora não pelo mesmo prazo desejado pelo atleta. A proposta era de que Fábio pudesse, em campo, ao longo do Campeonato Mineiro, se despedir da torcida como ele e a própria torcida merecem. Inclusive, o Cruzeiro segue aberto para que inúmeras homenagens extracampo aconteçam.
Não é mais possível aceitar um perfil de administração que fez tantos clubes chegarem a um cenário de inviabilidade. O Cruzeiro tem clareza de que não há outra forma de manter a história de um dos maiores clubes de futebol do mundo que não seja com uma gestão responsável, com colaboradores e atletas que estejam plenamente alinhados a esse pensamento.