RR MÍDIA 3
Coperlidere
Excesso de prazo

Após tentativas de fuga, advogado suspeito de mandar matar colega de profissão é solto

Fontes ligadas ao processo, que preferem não gravar entrevista, avaliam a soltura de Thiago como absurda

23/02/2022 09h23
Por: Redação

Por Itasat

O advogado Thiago Fonseca Carvalho, de 34 anos, apontado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público como mandante do assassinato do também advogado Juliano César Gomes, de 37 anos, em maio de 2020, vai aguardar o julgamento em liberdade condicional. 

A decisão de soltar Thiago, que até então se encontrava preso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, foi da desembargadora Maria Luiza de Marilac, em resposta a um pedido da defesa do acusado. A desembargadora do Tribunal de Justiça de Minas Gerais aponta excesso de prazo para formação de culpa. 

Fontes ligadas ao processo, que preferem não gravar entrevista, avaliam a soltura de Thiago como absurda. Já um dos advogados de Thiago, o criminalista Fernando Magalhães, estava em um julgamento quando procurado pela Itatiaia e não retornou as ligações. Apenas confirmou a decisão da Justiça. 

A desembargadora determina uma série de requisitos, como proibição de se ausentar da comarca sem previsão judicial, proibição de manter contato com os demais acusados e familiares da vítima e recolhimento domiciliar após as 20 horas, além do uso de tornozeleira eletrônica.  

Thiago tentou fugir duas vezes do presídio de Uberlândia, onde estava recluso por ser o único local considerado adequado para a prisão de advogados. A última tentativa foi em maio do ano passado, quando o advogado conseguiu romper as grades da cela e foi encontrado escondido debaixo de uma capa de chuva em uma guarita, prestes a escapar da unidade prisional. 

Queima de arquivo  

De acordo com a investigação da Polícia Civil, Thiago teria mandado matar o próprio amigo Juliano Cesar Gomes por uma queima de arquivo. Isso porque a vítima iria depor sobre uma outra operação da Polícia Civil na qual Thiago era o investigado por ser membro de um esquema criminoso que movimentava cerca de R$ 160 milhões. 

Juliano chegou a ser dado como desaparecido, mas o corpo dele foi encontrado em um local ermo próximo a Funilândia, região Central de Minas. Dois irmãos que teriam sido os executores do assassinato já foram julgados e condenados a 32 e 24 anos de prisão. Ainda não há data marcada para o julgamento de Thiago, apontado então como o mandante do crime.