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golpe

Grupo criminoso dá golpe em 15 mil pessoas após vendas de produtos em sites falsos

O grupo usou laranjas para abrir as empresas, com dados de pessoas em situação de rua, usuários de drogas e familiares

07/03/2022 14h14
Por: Redação

Por Itasat

Uma organização criminosa, com alguns integrantes adolescentes, suspeita de enganar pelo menos 15 mil pessoas e movimentar mais de R$ 4 milhões foi denunciada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O grupo administrava cerca de 22 sites diferentes para vendas de produtos com valor abaixo do mercado e não realizava a entrega. 

Conforme a denúncia dos promotores de Justiça de Poços de Caldas, os vendedores explicavam para as vítimas que trabalhavam com dropshooping - no qual ele não possui estoque e encaminha o pedido para um revendedor. Geralmente, o produto vem da China e o prazo de entrega pode chegar até três meses. 

Após receber o valor do produto, parte da entrega era realizada para o registro de recibos, que na verdade eram cópias para esconder o restante das entregas não realizadas. Depois das reclamações das vítimas, os suspeitos desativavam o site e criavam outro para aplicação de novos golpes. 

O grupo ainda usou laranjas, devido ao aumento das vendas, que eram usuários de drogas, pessoas em situação de rua e familiares para uso de dados pessoais deles para abertura de contas. Cada envolvido recebia entre R$ 300 e R$ 3 mil. 

Os criminosos movimentaram em menos de um ano mais de R$ 4 milhões, apesar de não terem fonte de renda e se declararem isentos do pagamento do Imposto de Renda. Para não levantar suspeitas, o grupo dissimulava a origem do dinheiro com a criação de empresas e investimentos em carros de luxo. 

Para alavancar os sites, os criminosos impulsionavam as vendas em redes sociais para atingir consumidores de todo o país. O Ministério Público também fez requerimento para aplicação de multa diária às empresas até que elas repassem os valores recebidos neste impulsionamento. De acordo com a investigação, apenas no Facebook o grupo aplicou R$ 106 mil. 

Os criminosos podem pegar de três a oito anos de prisão, além de pagamento de multa, com aumento de um sexto a dois terços pela participação de adolescentes. Caso o crime tenha sido cometido de forma reiterada, o período de reclusão pode ser de três a 10 anos e multa. Os três líderes podem responder ainda por organização criminosa.