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Polícia investiga casal de influenciadores por esquema de pirâmide na Grande BH

Vítimas eram atraídas por lucro de 100% do investimento em apenas 40 dias

08/04/2022 09h17
Por: Redação

Por Itasat

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga um casal de influenciadores, que se apresenta como donos de uma empresa de investimento, que teria aplicado golpes em um possível esquema de pirâmide financeira na região metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com os denunciantes, a empresa I&D Investimentos, que pertence a Isabela Cristi Gomes de Barros e David Barros, prometia um retorno de 100% do valor investido em apenas 40 dias. No início, segundo as vítimas, muitos investidores obtiveram o retorno financeiro prometido mas, desde o ano passado, o pagamento deixou de ser feito.

Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, disse que conheceu a empresa por meio de uma amiga, que já havia feito investimentos com a mulher. 

"Primeiro investi R$ 850 com retorno garantido de 100% em 40 dias. Meu marido ficou interessado e investimos R$ 5 mil, mas não recebi retorno. A proprietária pediu para alterar o dia de pagamento pois começou a ser ameaçada, disse que sofreu golpe de funcionários e investidores que utilizavam comprovantes falsos. Agora você entra em contato e eles te bloqueiam", relata.

"Foi ela própria que me chamou para entrar na empresa, que qualquer problema ela devolveria o dinheiro. Fiz amizade, passei a ir mais na igreja. Coloquei pessoas para investir com ela, mas a gente nunca teve acesso às contas. Quando a gente começou a ter atritos eles foram para as Maldivas e depois para Dubai", disse uma ex-funcionária da empresa, que também pediu para não se identificar à reportagem da Itatiaia. 

Ela explica como funcionava o "golpe". 

"Se você investisse R$ 5 mil num plano de 140 dias úteis, você pegaria R$ 20 mil. Se você investisse R$ 5 mil num plano de 210 dias, tinha um retorno de R$ 40 mil. Então todo mundo começou a investir e indicar pessoas para entrar no negócio, entraram mais de mil de uma vez. Foi quando a gente viu que não tinha como encaixar as pessoas pra receber porque o limite do banco era muito baixo. Foi quando começou a surgir o tumulto".

Em nota a Polícia Civil informou que a delegacia de Lagoa Santa investiga o caso. Como é um crime de ação penal pública condicionado à representação, a PC orienta as vítimas de estelionato a procurar uma delegacia registrar a ocorrência e fazer a representação.