Por Itasat
Roni Peixoto, um dos principais criminosos de Minas Gerais, foi assassinado nesta segunda-feira (11/4), em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Peixoto, conhecido como "Gordo", que já foi apontado como braço-direito de Fernandinho Beira-Mar.
Em entrevista ao repórter Renato Rios Neto em julho de 2020, Roni Peixoto diz que entrou no mundo do crime em 1992, após ser demitido do Bradesco, onde trabalhou como office boy e no setor de contabilidade. Ele diz que a esposa precisa de um medicamento.
Roni Peixoto é o introdutor do crack em Belo Horizonte e ocupou as páginas policias e inquéritos da polícia na década de 1990 e de 2000.
Tendo como base a Pedreira Prado Lopes, região Noroeste da capital, Roni movimentou muito dinheiro, vendeu muito crack e esteve envolvido em violentas guerras do tráfico de drogas.
Peixoto atuava na Pedreira Prado Lopes, na Região Noroeste de Belo Horizonte, e em toda a Região Metropolitana. Ele era tido como um dos líderes do Comando Vermelho, facção criminosa do Rio de Janeiro, em Minas Gerais. Beira-Mar era, no mesmo período, o ex-líder da organização criminosa.
Para a Polícia Civil na época, a ligação com Beira-Mar teria e Peixoto teria ficado mais forte quando o traficante carioca ficou no Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), em Belo Horizonte, e fugiu pela porta da frente em 26 de março de 1997. Ele teria pago R$ 500 mil a policiais.
Em entrevista com Roni Peixoto à Rádio Itatiaia, em 2020, Peixoto negou qualquer relação com Fernandinho Beira-Mar, um dos maiores traficantes do país. “Eu não conheço Fernando Beira-Mar, eu nunca vi o Fernando Beira-Mar, eu nunca tirei cadeia para Fernando Beira-Mar, nós nunca teve (sic) no mesmo sistema, porque na época que eu estava preso ela tava na rua e quando eu fui preso ele fugiu”. Roni disse ainda que a Fernandinho Beira-Mar traficava cocaína, droga que ele diz nunca ter comercializado.
A primeira prisão de Roni Peixoto foi em 1995, quando ele foi detido por tráfico de drogas em Minas. Dois anos depois, o traficante foi condenado a mais de 12 anos de prisão, e, com o passar dos anos, novas condenações surgiram. Durante o tempo em que ficou preso, Roni Peixoto fugiu três vezes. Após cumprir mais de 24 anos em regime fechado, Roni deixou a cadeia e passou a cumprir pena em regime domiciliar em abril de 2019.
Ao longo de sua trajetória no crime, Roni Peixoto envolveu uma série de familiares no mundo do tráfico de drogas. A mulher, irmãs, sobrinhos e a própria filha.
A morte
Roni Peixoto foi executado com vários tiros de armas de calibres ponto 40 e nove milímetros.
Informações iniciais apuradas, apontam que Peixoto estava em um veículo Gol e estaria trabalhando como motorista de aplicativo. Isso porque o celular encontrado no veículo tinha muitas chamadas para corridas. Quando ele chegava de casa, por volta das 6h30, um veículo sedã de cor prata se aproximou e os ocupantes efetuaram os disparos. Peixoto morava na avenida Engenheiro Felipe Gabrich, local do crime.
Após os tiros, o carro de Peixoto atingiu um Palio de um vizinho. Um dos disparos também acertou o veículo do morador, que entrou em choque e precisou ser medicado.
Um Onix de cor prata foi encontrado abandonado nas imediações do crime. Policiais buscam imagens de câmera de segurança para ajudar na investigação.
O Primeiro Comando da Capital (PCC) pode ter ligação com a execução de Roni Peixoto. A informação sobre a linha da investigação é do repórter Renato Rios Neto.