Por Itasat
A média de surtos da síndrome mão-pé-boca em Minas cresceu este ano com relação ao ano passado. Em 2021, foram ao menos dez surtos por mês no estado e, em 2022, o número já subiu para ao menos 26 surtos por mês até março.
A síndrome é uma doença virótica altamente contagiosa. É mais frequente em crianças de menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos. Tem esse nome justamente porque as lesões localizam-se nos pés, mãos e interior da garganta.
A médica pediatra e referência técnica da Secretaria de Saúde de Minas, Flávia Cruzeiro, explica que os surtos esse ano atingem justamente as crianças menores abaixo de cinco anos.
"As crianças menores de cinco anos são a faixa etária mais acometida. Os sintomas clínicos envolvem febre, dor de garganta, recusa alimentar, associada a presença de lesões vesiculares que aparece na boca, principalmente, na língua. Também podem aparecer algumas erupções na região dos pés e das mãos, incluindo, nas palmas das mãos e as plantas dos pés", disse.
A especialista ainda explica que as lesões podem dificultar grande das crianças em se alimentar. "Então, podem haver casos de desidratação, complicação muito rara e de evolução muito benigna - que pode ser a meningite asséptica ou as encefalites. Quando a criança apresenta alguma alteração neurológica deste tipo é indicada a internação", finalizou.
A transmissão se dá pela via oral ou fecal, através do contato direto com secreções de via respiratória (saliva), feridas que se formam nas mãos e pés e pelo contato com as fezes de pessoas infectadas ou então através de alimentos e de objetos contaminados.
Como se prevenir?
Ainda não existe vacina contra o vírus que transmite a síndrome. Por isso, medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão são importantes na Síndrome Mão-Pé-Boca.
- Lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro.
- Limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência e itens sujos, incluindo brinquedos
- Evitar contato próximo, como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios ou xícaras com pessoas com problemas de mãos, pés e boca
Fonte: SES-MG