Por Itasat
"Era um sonho dela, mas que virou pesadelo". Patrícia Carneiro de Moraes, de 51 anos, é mãe de Julia Moraes Ferro, de 29 anos, morta no sábado (23), após complicações de duas cirurgias estéticas em Belo Horizonte. Inconsolada, a mãe ainda se revolta com a forma com a qual o processo pós-operatório foi conduzido.
"Estavam com ela a prima, que é médica, com o namorado, e uma tia. Os médicos já chegaram dizendo que ela teve uma parada cardíaca, que estava passando mal no quarto, e que não queria que chamasse a tia. Minha filha jamais faria isso, essa tia é a segunda mãe dela", relata.
Patrícia diz ainda que pediram que a filha se retirasse do quarto, que deveria ser disponibilizado para outro paciente. A morte da engenheira, que é investigada pela Polícia Civil, ainda não tem explicações.
Julia colocou próteses de silicone e passou por uma lipoaspiração no dia 8 deste mês. A mulher apresentou intercorrências no pós-operatório, ficou irresponsiva e teve uma parada cardiorrespiratória. A família afirma que ela não tinha comorbidades que poderiam levar a complicações.
Após as primeiras complicações do procedimento, ela foi levada ao hospital Mater Dei, onde passou por exames que não identificaram a causa da parada cardíaca. Cinco dias depois, ela foi transferida a outro hospital em BH, onde ficou até a constatação da morte.
"Nunca deixaria de apoiar o sonho dela, que era colocar um silicone. Sou mãe, e muito amiga dela, mas nunca imaginei no que essa cirurgia iria se transformar", concluiu Patrícia. A clínica responsável pelo procedimento ainda não retornou às tentativas de contato da reportagem.