Com Itasat
“A gente quer que ele fique preso, bem preso, para não chegar perto dela nunca mais”. Isso foi o que disse à Rádio Itatiaia, Cláudia Maria da Silva, tia da advogada, de 40 anos, que foi esfaqueada pelo ex, nessa segunda-feira (23/5), no Bairro Gutierrez, na Região Oeste de Belo Horizonte.
Os familiares da vítima, que são de Uberaba, no Triângulo Mineiro, vieram às pressas para Belo Horizonte para buscar notícias no Hospital João XXIII. “A babá ligou para meu sobrinho e ele já entrou em contato com a gente. Ficamos desesperados”, disse.
A família só ficou mais tranquila depois que fez uma chamada de vídeo com a advogada. “Ela está bem, está calma, está serena, está na enfermaria”, contou.
A vítima passou por momentos de terror nos últimos dias. Ela precisou passar a noite na casa da babá da família, depois que o suspeito quebrou diversos móveis horas antes. Assim que chegou ao prédio onde mora para buscar algumas coisas, foi surpreendida pelo homem.
Quando eles se encontraram, o homem foi para cima da ex-companheira com uma faca, e acertou 11 golpes nela antes de tentar fugir em uma BMW, mas acabou preso na casa de uma tia. Os ferimentos foram superficiais, e a mulher foi socorrida ao Hospital João XXIII, onde está internada.
A babá ajudou a cessar a violência. “Se não fosse ela, eu acho que teria sido bem mais grave. Foi na frente das crianças, foi muito cruel”, disse. Cláudia contou que as crianças estão com o pai. “Eles estão preocupados com a mãe, mas ela já mandou mensagem pra eles, conversou com eles. Então, eles estão mais tranquilos agora.
O suspeito alegou ter laudos que comprovam bipolaridade, e cometeu o crime após ter perdido o emprego. Entretanto, a delegada responsável pelo caso, Pollyane Aguiar, ressaltou que não foi apresentado laudo que comprove qualquer condição de sofrimento mental.
‘Se ele falou isso, ele tem que procurar um tratamento, agora, na cadeia. Dizer que é bipolar e tentar matar uma pessoa com o tanto de facada? Ele queria matar ela”, disse a familiar.