Com Itasat
Em meio a polêmicas e rumores em torno do próprio nome, a atriz Klara Castanho decidiu publicar uma carta aberta na noite de sábado (25), esclarecendo os boatos de que ela teria engravidado e entregado a criança à adoção.
No documento divulgado por meio de seu perfil no Instagram, a atriz global relatou os episódios de violência vividos nos últimos meses: vítima de um estupro, ela engravidou e decidiu entregar a criança para a adoção. O processo, que deveria ser sigiloso, se tornou público – e ela chegou a ser ameaçada.
“As únicas coisas que tive forças para fazer foram: tomar a pílula do dia seguinte e fazer alguns exames”, começa Klara no relato após contar que foi estuprada. A atriz detalha que meses após o episódio de violência sexual, começou a se sentir mal e descobriu a gestação.
“Fiz uma tomografia e, no meio dela, o exame foi interrompido às pressas. Fui informada que eu gerava um feto no meu útero (…). Meu ciclo menstrual estava normal, meu corpo também. Eu não tinha ganhado peso e nem barriga”. Ainda conforme esclareceu a atriz, o médico responsável pelo exame foi violento. “O profissional me obrigou a ouvir o coração da criança, disse que 50% do DNA eram meus e que eu seria obrigada a amá-lo”.
“Eu não tinha (e não tenho) condições emocionais de dar para essa criança o amor, o cuidado e tudo o que ela merece ter. Entre o momento que eu soube da gravidez e o parto se passaram poucos dias. (…) Tomei a atitude que eu considero mais digna e humana. Procurei uma advogada, tomei a decisão de fazer uma entrega direta para a adoção”.
O processo é sigiloso, mas, a atriz acabou ameaçada por uma enfermeira logo no pós-parto. Foi neste momento que colunistas souberam sobre a gestação. Em sua publicação, a atriz cita as violências que sofreu e os traumas decorrentes tanto do estupro quanto da gestação e da própria adoção. “Ter que me pronunciar sobre um assunto tão íntimo e doloroso me faz ter que continuar vivendo essa angústia que carrego todos os dias”, escreveu.