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Em Sete Lagoas

É nesta quinta-feira o lançamento da exposição Bité: do Popular ao Contemporâneo

Exposição mostra peças do escultor e entalhador autodidata Geraldo Bité e do filho Leônidas Alves

05/10/2022 14h33Atualizado há 2 anos
Por: Redação
Com Roberta Lanza
 
É nesta quinta-feira (6), às 19h, o lançamento da exposição Bité: do Popular ao Contemporâneo, no Shopping Sete Lagoas. A exposição mostra peças do escultor e entalhador autodidata Geraldo Bité, falecido em 2003, além de peças do filho do artista, Leônidas Alves, que segue os passos do pai. 

“A experiência tá sendo emocionante e marcante dentro de mim. Ao divulgar o trabalho do meu pai, fui surpreendido com um pouco desse talento dentro de mim. Minhas peças são em formatos diferentes, mas na mesma base do entalhe de madeira e esculturas”, conta Leônidas.

A exposição será na Pocket Gallery do Shopping Sete Lagoas, e contará com nove peças de Geraldo Bité e oito de Leônidas, que estarão disponíveis para comercialização. 

Sobre Geraldo Bité

Geraldo Ferreira dos Santos, Geraldo Bité, nasceu no dia 8 de março de 1942 no município de Fortuna de Minas. Bité - apelido dado pelo seu pai Custódio em razão de sua estatura e força -  foi caminhoneiro e, ao mesmo tempo, escultor e entalhador que fez importantes estátuas através da arte de cortar e entalhar a madeira. Apesar de nascido em Fortuna, ele tem forte ligação com Sete Lagoas, cidade para qual ele veio em 1956 e residiu até o dia do seu falecimento.


Bité não queria trabalhar na roça, onde fora criado pelos pais. Decidiu ser motorista profissional. E da arte, que serviria como um complemento de renda, surgiu um dos artistas mais habilidosos do país. 


Já residindo em Sete Lagoas, no ano de 1975, Bité foi descoberto como artista pelo jornalista Gilson Menezes, do então Jornal A Notícia. Até então desconhecido, surgia naquele ano o escultor autodidata que despertou a atenção dos meios culturais em todo o estado de Minas Gerais. 


Não largou a profissão de caminhoneiro, outra paixão, e entre uma viagem e outra, lá estava Geraldo Bité entre madeiras de cedro e as ferramentas utilizadas para entalhar suas esculturas, com um toque primitivo do mais fino bom gosto e artístico.
Seu valor e habilidades no trato com a madeira foram logos reconhecidos, o que lhe rendeu importantes convites para participar de exposições que estão eternizadas em livros, como no Inventário do Museu de Arte da Pampulha, publicado em 2011.


No acervo deixado têm obras variadas, desde a arte sacra a figuras do cotidiano popular e histórico. Como, por exemplo, a imponente estátua feita com madeira de cedro do Rei do Mato, antigo habitante da gruta de mesmo nome, localizada em Sete Lagoas, entalhado medindo 56 x 14 x 26 cm, obra que hoje integra o patrimônio artístico, histórico e cultural de Sete lagoas.