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Onyx Lorenzoni diz que fica no cargo e afirma que caso de Vicente Santini é 'página virada'

Ministro da Casa Civil

02/02/2020 09h04
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Em meio a rumores de que poderia deixar o cargo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse neste sábado, em Brasília, que não tratou dessa possibilidade com o presidente Jair Bolsonaro, com quem se reuniu por pouco mais de uma hora no Palácio da Alvorada.

“Conversamos sobre as tarefas do ministro da Casa Civil a partir do meu retorno das férias. Na verdade, eu chegaria [dos Estados Unidos] hoje, consegui antecipar e hoje nós conversamos sobre a rotina normal, fica tudo igual, não mudou nada”, garantiu a jornalistas na saída do encontro.

O ministro acrescentou ainda que teve neste sábado uma reunião de trabalho com Bolsonaro, que já lhe deu “uma série de determinações”. “As coisas vão continuar a seguir o seu rumo normal”, ressaltou.

Sobre a demissão de Vicente Santini, considerado o número dois da Casa Civil, durante as férias de Onyx, na última semana, o ministro garantiu que o assunto é “página virada”.

O secretário executivo foi exonerado após usar um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir de Davos, na Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial, para Nova Delhi, durante visita de Bolsonaro à Índia.

“Conversamos sobre isso, mas é página virada, está resolvido e ponto final. O presidente tomou suas decisões. O presidente é o meu líder. A decisão que ele toma é a que deve ser acatada”, afirmou.

Coronavírus

Outro assunto tratado entre o presidente e o ministro foi o coronavírus. Segundo o chefe da Casa Civil, uma reunião do grupo interministerial criado para tratar de ações do governo para enfrentar a doença está convocada para às 10h desta segunda-feira (3), no Palácio do Planalto.

Congresso Nacional

Na segunda-feira, Onyx será o representante do presidente na sessão de abertura dos trabalhos do Congresso Nacional neste ano. O ministro levará ao Parlamento uma mensagem que foi revisada por Bolsonaro.

O ministro adiantou que, além de ressaltar a importância das reformas administrativa e tributária, o recado trata do combate à criminalidade e à corrupção e do fortalecimento da imagem do país no exterior.

“Nós recuperamos no primeiro ano [de governo] a confiança interna no Brasil e recuperamos a confiança externa no Brasil. Hoje, onde quer que a gente vá, os países olham para o Brasil com certeza de que aqui tem presente e tem bom futuro, quer para o investidor externo, quer para o investidor brasileiro e quer para a sociedade brasileira”, disse.

Para 2020, Onyx disse que a articulação política continuará sob o comando do general Luiz Eduardo Ramos, chefe da Secretaria de Governo. Ele avaliou que as dificuldades entre Executivo e Legislativo são normais em toda administração pelos muitos interesses envolvidos.

“Este é um governo que vem fazendo uma série de reformas. Fizemos a maior reforma previdenciária que um país ocidental fez em uma única vez. Estamos trabalhando com a reforma do pacto federativo”, lembrou.

Segundo o ministro, durante décadas prefeitos e governadores vieram a Brasília “apenas de pires na mão” em busca de uma fatia no Orçamento federal. “Nós mandamos ainda no ano passado uma reforma do Estado brasileiro que vai permitir a reformulação do pacto federativo, onde estados e municípios terão ferramentas para combater crises fiscais”, afirmou.

Regina Duarte

No início da manhã, quem também esteve no Alvorada com o presidente por cerca de 50 minutos foi a atriz Regina Duarte, que será a nova secretária especial de Cultura. No início da tarde, o ator Carlos Vereza esteve no Palácio para reafirmar a Bolsonaro seu apoio à colega. "Regina é uma pessoa pacificadora, com visão democrática da cultura. Ela fará um belo trabalho, tenho absoluta certeza", afirmou.