O Carnaval é um período de muita festa, alegria e curtição. É época também de conhecer gente nova e namorar bastante, mas sempre com muita responsabilidade. De acordo com o Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias são contabilizados no mundo mais de 1 milhão de casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) curáveis entre pessoas de 15 e 49 anos. E durante o Carnaval a preocupação aumenta.
Em meio aos bloquinhos e desfiles, existem pessoas que acabam se descuidando da proteção durante a relação sexual, o que favorece a transmissão de doenças. Segundo Fernando de Araújo, ginecologista do Hospital Felício Rocho, “neste período de Carnaval, o que a gente observa é uma tendência a essa população relaxar um pouco, não estar tão atenta a necessidade de prevenção. Então é de extrema importância a gente não deixar de ressaltar este assunto”, ressalta.
Para quem pensa que as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) ocorrem apenas em pessoas mais jovens, o médico explica que não. “A gente tem visto um crescimento acentuado de DSTs em faixas etárias mais avançadas (pessoas idosas). Então, a gente não pode esquecer que não é somente na população jovem que ocorrem essas doenças”, diz.
A camisinha é uma das melhores formas de prevenção. Doenças como a sífilis, que teve um pico de aumento nos últimos anos, as hepatites B e C, o HPV, a AIDS, a gonorreia, entre outras, são exemplos de doenças que podem ser evitadas em uma relação sexual segura.
No caso do HPV, outra forma de prevenção é por meio de vacina. “O HPV hoje é um vírus universal de contato. Muitas vezes ele não dá manifestação imediata. O índice de contato com os vírus do HPV é altíssimo, então a prevenção se faz necessária. O uso da vacina realmente vai ser a prevenção mais importante”, afirma o ginecologista.