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RR MÍDIA 3
Crise no Cruzeiro

Auxiliar técnico e preparador físico de Mano processam Cruzeiro e Wagner Pires e pedem mais de R$ 2 milhões

R$ 2 milhões no total

20/02/2020 09h01
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O auxiliar técnico Sidnei Lobo e o preparador físico Eduardo Silva, que trabalharam no Cruzeiro na época em que Mano Menezes era o técnico, ingressaram com ações contra o clube na Justiça. Juntos, eles cobram mais de R$ 2 milhões por atraso no acerto de verbas rescisórias, o não recolhimento de FGTS e multas.

A informação foi divulgada pelo portal Globoesporte.com e confirmada pela Folha, que teve acesso às ações em que Sidnei Lobo pede R$ 1.084.230,00 por acerto de verbas rescisórias, não recolhimento de FGTS e multas. Eduardo Silva faz as mesmas solicitações e exige R$ 1.084.626,00. Os dois trabalharam com o técnico Mano Menezes no Cruzeiro por quase três anos e deixaram o clube em agosto de 2019, quando o treinador pediu demissão. No mês seguinte, Mano acerto com o Palmeiras e a dupla seguiu o comandante desembarcando em São Paulo.

Nas ações, Sidnei Lobo e Eduardo Silva afirmam que fizeram “diversas tentativas amigáveis de receber as verbas salariais que lhes são de direito”.

O curioso é que, além do Cruzeiro, os dois profissionais também incluíram nas ações o ex-presidente Wagner Pires de Sá. Em um trecho dos processos, que foram redigidos pelo mesmo escritório de advocacia e são semelhantes, o texto diz que “os dirigentes de futebol são responsáveis SOLIDÁRIOS pelas consequências de seus atos de gestão, especialmente no descumprimento de normas e pactos na seara trabalhista.”

“Na presente demanda se evidencia a aplicação desta interpretação jurisprudencial à medida que o então presidente do Cruzeiro, Segundo Reclamado, ao assinar o ‘Instrumento de Resilição Consensual de Contrato de Trabalho de Preparador Físico Futebol Profissional e Outras Avenças’, assumiu, como representante legal do Clube, as obrigações contidas neste Instrumento, deixando, injustificadamente de honrá-las em tempo e modo, ensejando o manejo desta Reclamação Trabalhista.”

Na rescisão contratual, Sidnei Lobo alega que o Cruzeiro admitiu que devia R$ 638.526,17, referentes aos salários de junho e julho, além do acerto de rescisão contratual. O valor seria pago em cinco parcelas iguais de R$ 127.706,17 até dezembro do ano passado. Mas, segundo o auxiliar técnico, somente a primeira foi quitada restando ainda R$ 510.820,00.

Sidnei Lobo também reclama que o FGTS sempre foi depositado atrasado e que, depois que saiu do Cruzeiro, o clube não depositou os valores de junho e julho, totalizando R$ 24 mil. O auxiliar ainda pede R$ 453 mil por causa de “valores incontroversos das verbas rescisórias” e “da multa de 40% sobre o FGTS”.

Já Eduardo Silva diz que tinha a receber R$ 638.858,14 referente à quantia líquida do acerto rescisório, do saldo e do salário do mês de julho de 2019. Assim como Sidnei Lobo, no acordo, o preparador físico diz que o Cruzeiro se comprometeu a pagar o valor em cinco parcelas iguais de R$ 127.771,00, mas quitou apenas uma, ficando em aberto R$ 511.084,00.

O preparador físico também pede R$ 24 mil relativo aos depósitos de FGTS de junho e julho e mais R$ 453 mil devido a “valores incontroversos das verbas rescisórias” e “da multa de 40% sobre o FGTS”.