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Cruzeiro

Demitido do Cruzeiro, preparador de goleiros Robertinho pede mais de R$ 5 milhões na Justiça

Atualmente, Robertinho recebia R$ 90 mil mensais

29/02/2020 08h47
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O preparador de goleiros Robertinho entrou na Justiça pedindo ao Cruzeiro R$ 5.085.074.17. Ele foi demitido em janeiro deste ano e cobra o pagamento de salários atrasados, a multa rescisória, aviso prévio, 13º salário, férias, FGTS, multas e indenização por dano moral por ter ficado sem receber.

O profissional trabalhava no clube celeste desde junho de 2010 e foi demitido com a justificativa de que tinha um salário alto para a função. Atualmente, Robertinho recebia R$ 90 mil mensais.

Em entrevista concedida em janeiro, o treinador de goleiros disse entender como natural uma demissão, mas se queixa que isso poderia ter sido feito antes para que tivesse mais chances de conseguir outro emprego. Ele foi comunicado da decisão no dia 6 de janeiro, mas acredita que ela foi tomada em meados de dezembro, quando o conselheiro Márcio Rodrigues foi nomeado vice-presidente de futebol.

Ele também reclamou que não foi chamado para negociar. “Eu simplesmente fui comunicado da minha demissão. Se o Cruzeiro passa por uma grave crise financeira e se eles me chamassem para conversar, certeza absoluta de que conversaríamos e entraríamos em um acordo, sem problema algum. Toparia [reduzir o salário] e já estava preparado para isso”, revelou.

O treinador de goleiros afirmou que, diferente do informado pelo ex-diretor-executivo do Cruzeiro Vittorio Medioli, o salário dele é o comum para o cargo. Medioli declarou que Robertinho recebia cinco vezes mais do que o preparador do Flamengo. “Eu conheço todos os treinadores de goleiro do futebol brasileiro e sei quanto todos ganham. O meu salário é padrão dos grandes clubes brasileiros”, relatou.

“Essa notícia de que eu ganho esse salário exorbitante é mentira. Se eu ganhasse, aceitaria 70% de redução. Foi uma coisa plantada de alguém de dentro do Cruzeiro para tentar justificar uma atitude que teria no futuro”, declarou Robertinho, que disse que aceitaria voltar à Raposa. “Eu estou aberto. Aceito conversar com eles e qualquer outro clube que tiver interesse no meu trabalho.”

Márcio afirmou no mesmo dia que quem demitiu o treinador de goleiros foi o Núcleo Dirigente Transitório, formado, inclusive, após a saída dele. Segundo o ex-vice-presidente de futebol, a decisão foi para cortar gastos devido à crise financeira do clube.

“No dia que ele foi demitido eu não estava como diretor de futebol mais. O que o Itair [Machado, ex-vice-presidente de futebol] fez não existe. Ele [Robertinho] ganhava R$ 40 mil e passou para R$ 80 mil. Não existe um preparador de goleiros ganhando o que ele estava ganhando, R$ 90 mil. A média no Brasil é de R$ 20 mil. É um bom profissional, não vamos desmerecer, mas um dos motivos da situação do Cruzeiro é isso, altos salários”, comentou.