A prática de pedir o número do CPF de consumidores continua em muitas farmácias de Belo Horizonte, com a promessa de descontos. O diretor do Procon da Assembleia, Marcelo Barbosa, destaca que cadastrar e fidelizar clientes é permitido. Porém, alerta que solicitar apenas o CPF como forma de desconto é abuso.
“Isso para nós é prática abusiva. Inclusive, me estranha a permanência desse tipo de prática, porque tivemos, há um ano, o envolvimento com uma grande rede de estabelecimentos comerciais, que foi inclusive multada pelo Procon estadual, pois ela estava exigindo, para ter acesso a um produto com desconto, que a pessoa simplesmente informasse seu CPF”, lembrou.
Marcelo ainda orienta o consumidor que se sentir lesado a denunciar a situação ao Procon ou ao Ministério Público de Minas Gerais, por meio do site www.mpmg.mp.br.
Vice-presidente do Conselho Regional de Farmácia de Minas Gerais, Márcia Alfenas destaca que o conselho normatiza a prática profissional, e não a forma como as farmácias lidam com os clientes.
Povo fala
Nas ruas, muitos usuários reclamam da exigência. No entanto, alguns não se incomodam, como a dona de casa Maria Garbasa, de 72 anos. Ele diz que tem prioridade no atendimento em uma farmácia da região Leste de BH. “Não tenho nenhum problema com isso”.
Já a auxiliar de serviços gerais Luciane Martins, de 26 anos, que saía de uma farmácia na área hospitalar quando foi abordada, reclama. “Se for compra pequena, não dou, não”.