O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu ontem (9), suspender a tramitação do pedido de rescisão do acordo de colaboração premiada de ex-executivos do grupo J&F.
O pedido de suspensão foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que tenta renegociar o acordo com os irmãos Joesley e Wesley Batista, sócios do grupo, e o ex-executivo Ricardo Saud. A suspensão vale até 6 de maio.
Em setembro de 2017, o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu ao Supremo a rescisão do acordo de colaboração. Segundo Janot, os acusados omitiram da procuradoria a participação do ex-procurador Marcelo Miller em favor dos interesses do grupo J&F e uma suposta conta bancária de Saud no Paraguai.
Em seguida, os dois sucessores de Janot, Raquel Dodge e o atual procurador Augusto Aras, também se manifestaram a favor da medida.
No entanto, no mês passado, a PGR pediu ao ministro Fachin, relator do caso, a suspensão do processo, para que possa repactuar o acordo de delação em função das supostas omissões dos acusados. Os advogados dos delatores concordaram com a suspensão.