A Região Norte ganhou ontem (13) mais um centro estratégico para o enfrentamento do crime organizado. O local vai reunir, em Manaus, profissionais da área de inteligência em segurança pública de cada um dos sete estados da região (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública - Regional Norte (CIISPR-Norte) é o quarto a entrar em operação este ano. Em agosto, o ministério inaugurou o Centro Integrado de Inteligência Nacional (CIISP-N), responsável por estabelecer as diretrizes nacionais e coordenar os trabalhos dos centros regionais. Também já estão funcionando os centros da Região Nordeste (CIISPR-NE) e da Região Sul (CIISPR-SUL). O órgão afirma, que em breve serão inaugurados os centros das regiões Centro-Oeste e Sudeste.
Segundo a pasta, cada centro vai promover a integração das atividades regionais de inteligência policial, agilizando o fluxo de informações entres as agências dos estados que participam da iniciativa. Entre as principais funções dos centros integrados estará a coleta, análise e disseminação de inteligência para tomadores de decisão dos estados e demais agências de inteligência de segurança pública do país. Os agentes também terão acesso ao material produzido por outros órgãos e instituições públicas.
De acordo com o ministério, os profissionais poderão coletar informações sobre integrantes das organizações criminosas e subsidiar a elaboração de estratégias preventivas de combate ao tráfico de armas, de drogas e redução de violência criminosa.
“Esta é uma iniciativa importante. A integração é fundamental, é o ponto central da política de Justiça e segurança pública do governo federal”, disse o ministro Sergio Moro, ao participar da cerimônia de inauguração do centro da região Norte na tarde de ontem.
“Basicamente, a ideia é reunirmos, em um mesmo ambiente, agentes de segurança pública dos estados, do governo federal e de agências relacionadas e comprometidas de alguma maneira com a segurança pública. Isso permite que tenhamos compartilhamento de banco de dados, de inteligência e que tenhamos um diagnóstico mais preciso das necessidades de Justiça e segurança pública regionais”, acrescentou o ministro, lembrando que a criação dos centros foi iniciada ainda no governo passado, mas adotada como prioritária em sua gestão.