Por Itasat
A demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde nesta quinta-feira repercute na Prefeitura de Belo Horizonte. A análise é de que a política de restrição de circulação e de isolamento social perde força.
Por diversas vezes o prefeito Alexandre Kalil (PSD) disse confiar mais no ex-ministro do que nas orientações do presidente Jair Bolsonaro. "Se sua mãe estiver doente, você liga para o Mandetta ou para o Bolsonaro?", questinou no dia 6 de abril. Perguntado pela Itatiaia sobre a opinião após a demissão de Mandetta, Kalil disse que se pronunciará apenas em entrevista coletiva na semana que vem.
O secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, disse à Itatiaia que a capital mineira continua trabalhando com embasamento científico, independente de quem ocupa o ministério. Conforme o secretário, a relação com Mandetta era boa e a expectativa é de manter essa situação com o novo ministro, Nelson Teich.
O presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de BH, Fernando Borja (Avante), elogiou o ex-ministro, mas afirma que ele se perdeu no meio do caminho, preferindo a politicagem em detrimento da ação técnica.
“Ele realizou um trabalho maravilhoso frente ao Ministério da Saúde, implementando políticas públicas sérias, que precisavam ser feitas no país nesse confronto com o coronavírus, mas infelizmente o presidente teve que desligá-lo dos quadros porque a equipe precisa trabalhar unida, e não ficar fazendo politicagem nem promoção pessoal como alguns andam fazendo hoje no Brasil”, afirmou.